Crónica: Moreirense evita desaire no Restelo, mas adia manutenção

Ainda assim, o conjunto de Moreira de Cónegos conseguiu ‘sobreviver' ao golo inaugural de João Diogo (07 minutos), à expulsão do central Diego Galo e a uma grande penalidade falhada por Maurides, alcançando o empate aos 71 minutos, através de Nildo.

Os minhotos, que têm mais quatro pontos que o penúltimo classificado, Tondela, ficam agora à espera de um ‘deslize' dos tondelenses em Arouca, no sábado, que lhes permita festejar a permanência. Caso contrário, o Moreirense terá de esperar pela última ronda, na qual recebe o FC Porto, em Moreira de Cónegos.

Ainda os espetadores se sentavam nas bancadas do Restelo e já João Diogo assinava um golo de belo efeito, com um remate de muito longe que deu a sensação de trair Makaridze, que ficou ‘pregado' ao relvado, dada a trajetória da bola.

Perante a passividade dos visitantes, os ‘azuis' não desdenhavam a possibilidade de aumentar a contagem, tendo ficado perto de o conseguir ainda antes do quarto de hora, não fosse a atenção do guardião georgiano, que anulou a jogada de ‘laboratório' desenhada por Mica Pinto, João Diogo e Persson.

O remate de André Sousa ligeiramente ao lado deu o ‘alerta' para a Petit, que não esperou sequer meia hora para realizar a primeira alteração, retirando o médio Bouba Saré e lançando o avançado Sougou, na tentativa de dar maior propensão ofensiva à sua equipa.

Numa altura em que os elementos da claque do Belenenses já se tinham retirado do recinto, depois de entoarem "Belém é nosso", o Moreirense começou a tentar tomar conta do jogo, mas seriam os ‘azuis' a ficar novamente próximos do golo, com João Diogo à procura do ‘bis', sendo que Sougou ainda tentou ‘sacudir' a pressão em cima do intervalo, obrigando Ventura a defender a dois tempos.

Já depois de ter ficado a centímetros do empate no arranque da etapa complementar, por Alex, o Moreirense acabaria por passar incólume perante uma série de contratempos, a começar pelo vermelho direto exibido ao central Diego Galo, dois minutos após Petit ter retirado o outro central, Diego Ivo.

Com 10 elementos e sem centrais de raiz em campo, os cónegos viram, logo de seguida, o recém-entrado Alan Schons cometer grande penalidade sobre João Diogo, num lance que só não teve proporções mais negativas porque Makaridze defendeu o remate de Maurides e manteve os minhotos ‘vivos' no jogo.

O georgiano foi mesmo um dos melhores em campo e, pouco depois, revelou reflexos apuradíssimos, ao evitar um golo quase certo de Yebda, num lance que deu ânimo ao Moreirense para chegar ao empate, por intermédio de Nildo.

Domingos Paciência via o tempo a passar sem que a sua equipa conseguisse tirar proveito da vantagem numérica e lançou Tiago Caeiro para a fase final, mas o ‘esguio' avançado, tantas vezes ‘amuleto' dos lisboetas, pouco ou nada trouxe ao jogo, apesar das tentativas junto à área do Moreirense.