A histórica época do Arouca, pela histórica primeira participação na Liga Europa, acabou da pior forma, com a descida à II Liga de futebol na última jornada, após duas mudanças de treinador, situação inédita.
Naquela que foi a sua quarta temporada na I Liga, a equipa arrancou muito cedo, a 20 de junho, para preparar a sua estreia internacional e, antes do arranque do campeonato, já a turma de Lito Vidigal se tinha apurado para o ‘play-off’ da Liga Europa, deixando pelo caminho os holandeses do Heracles, para sucumbir no orlongamento face ao Olympiacos.
Fora de portas, o Arouca deixou boa imagem, mas os primeiros jogos na I Liga ficaram aquém das expectativas: começou com uma derrota no Bessa e entre as jornadas três e oito, somou apenas dois pontos. Depois disso, foi subindo de rendimento e terminou a primeira volta com 23, em nono lugar.
Tudo indicava que o melhor Arouca estava de volta e poderia repetir a façanha de se apurar para a Liga Europa, mas a segunda volta mostrou-se desastrosa.
O guarda-redes Bracali, apesar de aliciado pelo interesse da Chapecoense acabou por ficar, mas foi assolado por duas lesões, com a última a roubar-lhes os dois últimos meses da temporada, sendo substituído por Bolat.
Jorginho, um dos melhores marcadores, com cinco golos, saiu em janeiro para o Saint-Étienne e também Lito Vidigal deixou o clube à jornada 21, depois do jogo com o Benfica, na Luz, e rumou a Israel, para orientar o Maccabi Telavive.
Seguiu-se a chegada de Manuel Machado e o pior ciclo de derrotas (sete) do clube em toda a sua história na I Liga. Os maus resultados levaram a nova troca de técnico. Jorge Leitão, elemento da equipa técnica há cinco épocas, foi o eleito.
O clube nunca tinha trocado de treinador a meio da época desde que chegou ao principal escalão do futebol português e eis que, na mesma época, faz duas trocas. E, da euforia da Europa, o clube liderado por Carlos Pinho caiu para a II Liga, aos pés do Estoril, treinado por Pedro Emanuel, aquele que foi o primeiro treinador do Arouca na I Liga.
Fora do campo desportivo, o clube viu-se envolvido em polémica, depois da confusão entre Carlos Pinho e Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, no túnel de Alvalade, num processo que ainda não teve um desfecho.