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«Até que enfim cá vieram», disse o advogado do Benfica

O advogado do Benfica, João Correia, congratulou-se com a visita da Polícia Judiciária às instalações do clube, com buscas no âmbito do caso dos emails, considerando que esta apenas peca por muito tardia.

«Até que enfim cá vieram», disse o advogado do Benfica

"Que concluam rapidamente e de forma muito rigorosa e definitiva se há ou não qualquer corrupção desportiva por parte do Benfica", afirmou em declarações à BenficaTV o advogado do Benfica, João Correia.

"Até que enfim que cá vieram. Perante as insinuações, sugestões feitas relativamente a factos fraudulentos praticados pelo Benfica, todos queríamos, avidamente, o único meio para destruir essas acusações, que era este episódio que se passou aqui hoje. Que a PJ cá viesse para verificar em pormenor se era verdadeiro. Estávamos desejosos que isso acontecesse", assegurou o advogado encarnado.

Quando já davam por perdidos os seus Código de oferta todos os que apostaram que o chamado "caso dos emails" ia ter seguimento, esta quinta-feira elementos da Polícia Judiciária fizeram buscas em instalações do Benfica, numa investigação que se centra em suspeitas de corrupção passiva e activa. “No inquérito investiga-se a prática, por parte de um suspeito, dos crimes de corrupção activa e passiva, relacionados com os denominados emails do Benfica“, diz a Procuradoria Geral da República em comunicado.

O caso nasceu no passado mês de junho, depois de o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, ter acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem. O responsável portista apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis 'encarnados', nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.

Entre outras situações, o responsável dos 'dragões' revelou também a alegada partilha de mensagens de telemóvel do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, na altura em que presidiu à Liga de clubes, entre o diretor de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da Liga Carlos Deus Pereira.

João Correia lamentou a ausência de "celeridade na investigação", considerando que a mesma acabou por permitir "sistemáticas ofensivas ao Benfica, enquanto instituição, diretores e funcionários".

"Estamos cansados, até como cidadãos, de verificar que a cada semana se anuncie novo crime para a seguinte. Não conheço nenhum país civilizado em que isto seja possível. Na próxima semana vou praticar outra vez um crime e tudo continua paz do senhor", criticou, referindo-se às revelações, que chegaram a ser semanais, de Francisco J. Marques.

O assessor jurídico encarnado defende "punição" para o Benfica "caso se verifique o crime de corrupção ou influência perversa dos resultados desportivos", mas também deseja um "forte castigo" para quem tem acusado o clube, caso os pressupostos se verifiquem infundados.

O responsável recordou ainda as queixas do clube quanto à violação do seu sistema informático, lamentando que ainda nenhuma autoridade nacional tenha dado seguimento às mesmas. "O sistema informático do Benfica foi invadido. Isso é crime. Não há resultados desse crime. Verdadeiros ou falsos - e não interessa muito se são ou não - os emails são propalados como sendo próprios do Benfica. Na hipótese de o ser, é uma violação de correspondência", acusa. "Ou há um lastro investigatório para agir com mais cautela face aos autores dos crimes ou algum desleixo. Aposto mais na primeira hipótese", concluiu.

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