Luís Castro: «O Benfica foi mais forte»

"Faltou apanhar o Benfica menos forte e mais acessível. Sabíamos que íamos apanhar pela frente uma equipa forte e que tem uma grande variabilidade de jogo que nos impediu de tapar o caminho da nossa baliza. Quando chegamos ao último terço temos de fazer muito mais pressão e hoje não o conseguimos fazer. O Benfica fez dois golos em seis minutos, a equipa ficou perturbada e a equipa tentou controlar o jogo sem bola, mas não está habituada a que isso aconteça. Para podermos entrar novamente no jogo não podíamos sofrer o terceiro golo, que aconteceu no início da segunda parte. Isso tirou-nos do jogo.

Uma equipa tem tanto mérito como demérito tem a outra. Se tivéssemos mais capacidade defensiva e mais ofensiva teríamos diluído o mérito do Benfica. Há claramente mérito do Benfica. O Benfica foi mais forte. Poderíamos ter feito um pouco mais se tivéssemos mais bola. Os movimentos laterais do Benfica, quando conseguem projetar o interior, são muito difíceis de suster. Foi assim que apareceu o segundo golo do Jonas e o de Pizzi. Quando recuperámos a bola chegámos muito desgastados ao último terço do Benfica. Foi um jogo desgastante em todas as dimensões.

Nos últimos 14 jogos perdemos no Dragão, em Braga, na Luz e Alvalade. Acho que devemos ser os mesmos independentemente do adversário. Muitas vezes não somos bem sucedidos, mas a vida é mesmo assim. É um risco da vida e do futebol.

Chegar à Europa são outros quinhentos. A forma de jogar de uma equipa é aquilo que leva a conquistar pontos. É a maneira como saímos com a bola, a forma como defendemos quando perdemos a bola, a forma como variamos o jogo. Isso é a nossa identidade. Nas cinco primeira jornadas tínhamos um ponto e isso podia levar à desconfiança na nossa identidade. Na 19.ª jornada temos 26 pontos. Não é garantido que estaremos na I Liga na próxima época, mas queremos dar ferramentas para dar ao clube a continuidade na I Liga. O objetivo é sustentar a equipa na I Liga.

Senti falta de Matheus Pereira, porque é um miúdo bem disposto, mas durante o jogo não sinto a falta dos jogadores que não estão. No que toca ao mercado é um momento de oportunidades. Não gosto dele, como não gosto que haja mercado em agosto quando estamos já em competição. Andamos todos um pouco instáveis. É um mercado de oportunidades. Se houver uma oportunidade pensaremos. O melhor reforço que queria era ter todos os jogadores disponíveis para o que falta do campeonato".