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I Liga (balanço): A edição 2017/18 de A a Z

A edição 2017/18 da I Liga portuguesa de futebol de A a Z.

I Liga (balanço): A edição 2017/18 de A a Z

A – ALEX TELLES

O lateral esquerdo Alex Telles foi o ‘rei das assistências da I Liga portuguesa de futebol, ao fazer 12 passes para golo no campeão FC Porto, aos quais acrescentou ainda três tentos, um deles de grande penalidade.

Com grande propensão ofensiva, sempre pronto para subir pelo seu corredor, o jogador brasileiro, de 25 anos, destacou-se na execução de jogadas parada, livres e cantos, ‘clamando’ por uma oportunidade na seleção ‘canarinha’, que ainda não surgiu.

B – BRUNO FERNANDES

Contratado à Sampdoria por mais de 8,5 milhões de euros, Bruno Fernandes, que atuava em Itália desde 2012/13, foi a grande revelação do campeonato e a principal figura do Sporting, coroando a sua época com 11 golos e oito assistências.

A maioria das vezes nas ‘costas’ do goleador Bas Dost (26 tentos), o jovem médio (23 anos), entretanto promovido a internacional ‘AA’ luso, cumpriu a melhor época da carreira e deverá ser um dos eleitos lusos para o Mundial2018.

C – COATES

‘Omnipresente’ no centro da defesa do Sporting, quase sempre ao lado do também muito experiente Mathieu, o uruguaio Coates foi o líder da defesa dos ‘leões’ e um dos dois jogadores de campo, juntamente com Florent (Belenenses), totalista da I Liga.

O jogador que os ‘leões’ foram buscar ao Sunderland em 2015/16 também foi muitas vezes determinante na frente, tendo, entre outros feitos, conquistado o penálti que valeu o triunfo na Feira aos 90+8 minutos e marcado o tento da vitória em Tondela aos 90+9.

D – DANILO PEREIRA

O médio Danilo Pereira foi o ‘pêndulo’ do meio campo do FC Porto durante mais de metade da época, até uma grave lesão o afastar dos relvados, para, depois, ainda voltar e sofrer novo contratempo, que lhe custará o Mundial2018.

Ainda assim, foi o 10.º jogador mais utilizado por Sérgio Conceição, somando 19 jogos e 1.538 minutos, sendo que os portistas só não sentiram a sua falta devido à categoria de quem o substituiu, nomeadamente Herrera e Sérgio Oliveira.

E – EDINHO

O veterano avançado internacional português Edinho, de 35 anos, cometeu uma das grandes proezas individuais da edição 2017/18 da I Liga de futebol, ao conseguir o único ‘póquer’, em embate da 28.ª jornada, na Vila das Aves.

O ‘36’ do Vitória de Setúbal conseguiu os quatro golos todos na segunda parte, entre os 58 e 85 minutos, tornando-se o primeiro português a consegui-lo na prova desde os cinco de Nuno Gomes (Benfica) ao Leça (7-1), há 20 anos, no ‘nacional’ 1997/98.

F – FABRÍCIO

Estreante na I Liga, o avançado brasileiro foi uma das grandes figuras do regressado Portimonense, que já representara seis épocas na II Liga, ao marcar 15 golos, contribuindo para os algarvios acabarem como o quinto melhor ataque.

Juntamente com o japonês Nakajima, que marcou 10 golos, fez uma das melhores duplas de ataque do campeonato, colocando-se, com 28 anos, ainda a tempo de conseguir um grande contrato, ele que já alinhou na China e no Japão.

G – GUEDES

O avançado Guedes, do Rio Ave, foi o protagonista de um dos momentos mais caricatos do campeonato, ao assumir a marcação de um penálti, contra a indicação do treinador Miguel Cardoso, e depois falhá-lo, à ‘Panenka’, acabando substituído.

Face ao Tondela, o jogador queria dedicar o golo ao pai, em dia do aniversário da sua morte, e tudo lhe correu mal, mas pediu desculpa, continuou na equipa e acabou como melhor marcador, com 10 tentos, sendo decisivo num quinto posto que pode dar Europa.

H – HERRERA

Cinco anos depois de Kelvin, o médio mexicano Hector Herrera, o ‘capitão’, emergiu como o ‘herói’ do 28.º título do FC Porto, ao marcar, aos 90 minutos, o golo da vitória dos portistas na Luz, face ao Benfica (1-0), que valeu a recuperação da liderança.

Depois de a época passada ter sido ‘crucificado’ por ter cedido um canto que permitiu aos ‘encarnados’ empatar no Dragão nos descontos, o ‘patinho feio’, de 28 anos, virou ‘cisne’, numa época em que até conseguiu fazer esquecer Danilo.

I – INVERNO

O treinador Sérgio Conceição não teve à disposição um plantel vasto e, por isso, recorreu ao mercado de inverno, contratando três jogadores (Paulinho, Waris e Osorio), que ficariam marcados pelos três resultados negativos da segunda volta.

Os três só foram titulares uma vez e, quando isso, aconteceu o FC Porto não ganhou, com Paulinho em Moreira de Cónegos (0-0), Waris em Paços de Ferreira (0-1) e Osorio no Restelo (0-2). Por seu lado, Gonçalo Paciência regressou, mas não marcou.

J – JONAS

O avançado brasileiro Jonas foi a grande figura da edição 2017/18 da I Liga portuguesa, ao conquistar pela segunda vez o título de melhor marcador, com 34 golos, registo que, na Europa, só é igualado pelo ‘extraterrestre’ Lionel Messi (FC Barcelona).

Aos 34 anos, apontou 20 golos na primeira volta, ficando apenas duas vezes em ‘branco’, e chegou à 28.ª ronda com 33 golos, sofrendo então uma lesão que o afastou dos jogos decisivos e bem pode ter custado o ‘penta’ ao Benfica.

K – KROVINOVIC

O croata Krovinovic, contratado ao Rio Ave, marca o antes e o depois da época do Benfica, pois foi com a sua entrada num ‘onze’ que passou de ‘4-4-2’ para ‘4-3-3’, só com um ponta de lança, que o conjunto de Rui Vitória pôde sonhar com o ‘penta’.

O jovem médio, de 22 anos, acabou por ser infeliz e sofreu uma lesão que lhe ‘arruinou’ a época logo em janeiro, mas o que produziu, a forma como equilibrou a equipa, fez com o que os ‘encarnados’ já não voltassem ao sistema com dois avançados.

L – LUISÃO

Na 15.ª temporada ao serviço do Benfica, o central brasileiro Luisão foi titular no início da temporada, mas uma lesão custou-lhe o lugar, que jamais recuperou, muito por mérito de Ruben Dias, mais um miúdo ‘made in Seixal’.

Com 37 anos, o internacional ‘canarinho’ não passou a época a levantar taças, mas voltou a dar um contributo importante, somando 16 jogos no campeonato, para um total de 538 oficiais pelo Benfica – igualou Veloso e só tem Nené (576) à frente.

M – MAREGA

O avançado Marega voltou ao Dragão, depois de uma época de empréstimo ao Vitória de Guimarães, e foi a grande força ofensiva do campeão FC Porto, ao marcar 21 golos, em 29 jogos, num campeonato que até começou como suplente.

Com enorme poder físico, o jogador maliano, mesmo nem sempre assertivo, foi determinante no sucesso dos ‘dragões’, que se ressentiram das suas ausências, sendo um dos regressados ‘chave’, juntamente com Ricardo, Aboubakar e Sérgio Oliveira.

N – NAKAJIMA

O jovem jogador japonês Shoya Nakajima foi, na estreia em Portugal e na sua primeira experiência fora do país natal, uma das grandes revelações da prova, contribuindo com 10 golos para a boa temporada realizada pelo Portimonense.

Ao lado de Fabrício, também a disputar pela primeira vez a I Liga, o nipónico mostrou capacidade para finalizar, assistir e fazer jogar, o que lhe valeu a primeira chamada à seleção do Japão, tendo marcado na estreia, em março, ao Mali (1-1).

O – OLIVER

O jovem espanhol Oliver Torres começou a época como titular do FC Porto, mas, após a quinta jornada, perdeu o estatuto e só contabilizou mais três jogos no ‘onze’, acabando por ser uma das grandes deceções da prova.

Contratado por 20 milhões de euros ao Atlético de Madrid, o médio, de 23 anos, não marcou um único golo, em 19 jogos, ficando muito longe do protagonismo que teve em 2014/15 e 2016/17. Foi 22 vezes suplente e em 11 não chegou a entrar.

P – PIRES

O veterano avançado Pires passou a época na ‘sombra’ de Fabrício e Nakajima, mas acabou por ter a sua oportunidade de brilhar, quando conseguiu um ‘hat-trick’ face ao Moreirense, num dos mais memoráveis jogos da prova.

Aproveitando a ausência do brasileiro, o jogador de 37 anos foi decisivo na maior reviravolta da I Liga, ao marcar, com grande frieza, dois penáltis, aos 90 e 90+4 minutos, selando o 4-3 final, num embate em que os algarvios estiveram a perder por 0-3.

Q – QUIM

Com 41 anos, 11 meses e nove dias, o guarda-redes Quim tornou-se o mais ‘velho’ guarda-redes a disputar um jogo no principal campeonato português de futebol, quando foi titular do Desportivo das Aves face ao Benfica, pelo qual foi campeão em 2009/10.

A 22 de outubro de 2017, Quim bateu o recorde do malogrado benfiquista Bento, que, em 1989/90, jogara com 41 anos, 10 meses e 25 dias. Depois disso, já reforçou o recorde, tendo disputado o último jogo a 14 de janeiro, com 42 anos, dois meses e um dia.

R – RUI PATRÍCIO

A cumprir a 12.ª temporada na equipa principal do Sporting, Rui Patrício foi uma das grandes figuras dos ‘leões’, aos quais valeu muitos pontos, pelo que o ‘frango’ a acabar não minimiza a produção globalmente muito positiva do titular da seleção lusa.

Totalista no campeonato pela quinta vez, e primeira a 34 jornadas, pode, porém, ter cumprido a última época de ‘verde e branco’, face ao alegado ‘confronto’ com o presidente do clube, Bruno de Carvalho.

S – SÉRGIO CONCEIÇÃO

No regresso, como treinador, ao clube em que conquistou três títulos em três épocas como jogador, Sérgio Conceição conduziu o FC Porto ao título, que era a maior prioridade, a obsessão do clube, depois de quatro vitórias consecutivas do Benfica.

O jovem técnico, de 43 anos, não teve milhões para contratar ‘estrelas’, mas, com a matéria prima à disposição, nomeadamente o regresso de jogadores emprestados, construiu uma equipa sólida, que ainda ‘tremeu’, mas, na ‘hora h’, saiu quase campeã da Luz.

T - TYLER BOYD

Depois de duas épocas positivas ao serviço da equipa B do Vitória de Guimarães, Tyler Boyd foi emprestado ao Tondela e foi muitas vezes aposta do treinador Pepe, apesar da concorrência de Tomané, Miguel Cardoso ou Murilo.

Natural da Nova Zelândia, o jovem jogar, de 23 anos, de um toque mais universal ao principal campeonato luso, conseguindo, com os seus cinco golos, que a I Liga tivesse golos de todos os continentes. Pode agora ter uma oportunidade em Guimarães.

U – ÚLTIMA

A última jornada da I Liga de futebol foi importante para o Benfica, que salvou o segundo lugar, ao vencer em casa o Moreirense e beneficiar do desaire na Madeira do Sporting, que só precisava de resultado idêntico ao dos ‘encarnados’.

Por seu lado, o Paços de Ferreira, derrotado em Portimão, e o Estoril Praia, ‘empatado’ em Santa Maria da Feira, desceram e vão ser substituídos na próxima época por dois clubes insulares, os madeirenses do Nacional e os açorianos do Santa Clara.

V – VAR

O vídeo-árbitro, o VAR, foi a grande novidade na edição 2017/18 da I Liga de futebol e prometia trazer a chamada ‘verdade desportiva’, só que, 34 jornadas depois, o sentimento é que criou ainda mais problemas e, muitas vezes, não auxiliou os árbitros.

Os casos multiplicaram-se, jornada após jornada, jogo após jogo, com queixas um pouco de todos os lados, face a tantas e tantas falhas, e incoerências para todos os gostos, explicadas, quase sempre, pelo período experimental. Resta saber até quando.

X - ‘X’

É, no totobola, o símbolo do empate e foi o resultado menos visto da edição 2017/18 da I Liga de futebol, com um total de apenas 61, o mínimo nos 20 campeonatos a 18 equipas – a anterior pior marca estava nos 73, em 1995/96 e 2000/01.

No total, registaram-se 19 ‘nulos’, 31 empates a um golo, nove dois e dois a três, com cinco jornadas, duas delas consecutivas (21 e 22) a não registarem uma única igualdade, e só cinco a chegaram às quatro. Os empates estiveram sempre em minoria.

Y – YURI RIBEIRO

O defesa esquerdo Yuri Ribeiro foi o autor do mais espetacular golo da edição 2017/18 da I Liga, uma verdadeira obra ‘maradoniana’, ao fintar sucessivos adversários desde o meio campo, até bater o guarda-redes boavisteiro Vagner.

Aos 21 anos, fez uma primeira época de bom nível na divisão principal, pelo Rio Ave, e tem ‘guia de marcha’ para regressar ao Benfica, onde o espera um lugar no plantel principal, com ao seu companheiro de equipa Francisco Geraldes no Sporting.

W – WILLIAM

Na segunda época ao serviço do Desportivo de Chaves, o avançado William, de 26 anos, subiu muitos os seus números em relação à temporada de estreia, chegando aos 11 golos, o seu melhor registo como profissional.

Ao lado de Matheus Pereira, que deverá estar de regresso ao Sporting, Pedro Tiba, Davidson ou Bressan, o jogador brasileiro foi um dos esteios do onze’ de Luís Castro, que lutou até quase ao final por um lugar europeu, acabando em sexto.

Z – ZIVKOVIC

O talentoso médio sérvio Andrija Zivkovic foi titular em três jogos em setembro, mas só conquistou um lugar no ‘onze’ do Benfica depois da grave lesão de Krovinovic, provavelmente ainda a tempo de conquistar um lugar no Mundial de 2018.

Mais ofensivo do que o croata, entrou muito nem no meio campo a três dos ‘encarnados’, fazendo junto a Grimaldo e Cervi uma ala esquerda muito forte, decisiva na reentrada do Benfica na luta pelo ‘penta’, que, depois, perderia.

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