Crónica: Nani resolve nó sadino em vésperas de Sporting defrontar o Benfica

Depois do triunfo horas antes dos ‘encarnados' diante do Boavista, por 2-0, as duas equipas somam agora seis pontos e, em caso de vitória, no jogo agendado para o próximo sábado às 19:00 horas, uma delas irá adiantar-se no campeonato.

Nani acabou por ser determinante numa partida de duas caras. A primeira, com Misic em campo, onde Sporting mostrou debilidades em lançar-se para o ataque, até porque o croata nunca conseguiu fazer passes de rotura e fazer valer a qualidade de jogo de Bruno Fernandes, Nani e Marcos Acuña. E foi apenas com a entrada de Jovane, que rendeu precisamente Misic, aos 59 minutos, que o Sporting pareceu um leão e embalou para a vitória, desfazendo o nó da igualdade que persistia até então.

No primeiro encontro em casa, em jogos da I Liga e no qual estiveram presentes 40.611 espetadores, os comandados de José Peseiro entraram praticamente na condição de vencedores. O jogo ainda mal tinha começado a aquecer quando Nani, descaído sobre o lado esquerdo, fez o golo com um remate de fora da área, levando a bola a passar junto ao poste direito da baliza de Cristiano, aos 09 minutos.

O Vitória de Setúbal não se desmoronou e numa jogada de ataque organizado fez a igualdade, aos 19 minutos, por intermédio de Zequinha. O camisola 87 recebeu a bola de Mendy, depois de o guarda-redes do Sporting Salin não a ter conseguido agarrar, e com um remate de fora da área fez o 1-1.

Os ‘leões' balancearam-se para o ataque, aproveitando a mobilidade de Nani e Bruno Fernandes, para encostar os sadinos atrás da linha de meio-campo, mas era notória a falta de ideias para conseguir surpreender a linha defensiva dos homens do Bonfim. Ao invés, Cádiz, aos 37 minutos, esteve muito perto de fazer a reviravolta no marcador, valendo a excelente defesa de Salin, que assim se redimiu do erro no lance da igualdade.

Na segunda parte, José Peseiro colocou Montero para o lugar de Bas Dost, mas foram os comandados de Lito Vidigal que entraram melhor, assumindo o domínio de bola e, aos 51 minutos, Zequinha obrigou Salin a defender para canto. Na resposta foi a vez de Montero obrigar Cristiano a uma defesa apertada, aos 54.

Nani, aos 57 minutos, fez tremer a barra de Cristiano, na cobrança de um livre direto a castigar uma mão de Vasco Fernandes.

A entrada de Jovane deu ao Sporting aquilo que lhe faltava: criatividade, pulmão e profundidade de jogo. Não foi por isso de espantar ter sido precisamente dos pés deste jogador que saiu a assistência para Nani, aos 66 minutos, fazer o 2-1.

A partir daí o Sporting tomou conta das ocorrências, tendo o Vitória de Setúbal procurado chegar à igualdade através de lances de bola parada, mas nunca conseguiu incomodar a linha defensiva do Sporting.

Em cima do apito final e na sequência de um monumental erro na cobrança de um livre por parte do Vitória de Setúbal, o Sporting esteve à beira de fazer o terceiro golo. Jovane conseguiu roubar a bola e saiu para o em contra-ataque, mas depois os colegas de equipa perderam tempo, antes de o defesa central Mathieu atirar à malha lateral.