O treinador do Boavista destacou este sábado que o Sporting de Braga, equipa que os «axadrezados» defrontam no domingo para a 16.ª jornada da I Liga portuguesa, marca golos com «facilidade».
Jorge Simão dedicou mais de dois terços dos 31 minutos da conferência de imprensa de antevisão do encontro com os bracarenses a contrariar a tese de que o Boavista é "uma equipa faltosa, agressiva, competitiva, aqui e ali caceteira", ideia essa que, argumentou, influencia "todos os agentes de futebol".
"Comecem a olhar para nós com outros olhos e não como equipa agressiva, de caceteiros e que mete uma faca na liga e vai atrás deles. Nós não somos isso. Não acredito que este rótulo mude com um estalar de dedos, mas tantas vezes o cântaro vai à fonte que há de haver uma vez que se limpa essa imagem”, comentou.
O técnico abordou esta questão e a sua relação com as arbitragens após ser questionado sobre se a sua equipa sentia revolta com o impacto disciplinar negativo da sua atitude em campo, como sucedeu na ronda anterior, na vitória caseira diante do Setúbal (1-0).
O Boavista saiu dessa partida com dois jogadores expulsos e, a propósito, Jorge Simão contrapôs que, “curiosamente, nos dois últimos jogos", com o Moreirense, fora, e com o Vitória de Setúbal, em casa, a sua equipa teve dois jogadores lesionados, Rochinha e Fábio Espinho.
Rochinha recupera de uma "entrada violentíssima, que foi punida com cartão amarelo”, e Fábio Espinho "sofreu uma entrada arrepiante, que o pôs fora do jogo com o (Vitória de) Setúbal e eventualmente fora do seguinte".
“O pé [de Fábio Espinho] virou ao contrário e falta foi punida com cartão amarelo", vincou Jorge Simão, assinalando que o Boavista não põe em causa a integridade física dos adversários.
O treinador ‘axadrezado’ também disse que "os árbitros apitam demasiadas vezes, muitas vezes em casos em que não era necessário apitar".
"Os árbitros têm um papel muito difícil e eles próprios são condicionados pelo ambiente em que vivem, e as suas carreiras funcionam em função das avaliações que têm. Se as instruções deles vão num determinado sentido, compreendo que funcionem dessa forma, porque sabem que se não fizeram aquilo que é suposto serão penalizados", opinou.
Jorge Simão disse que "há jogadores que se aproveitam disso e percebem quais são os árbitros que têm um critério mais largo" e apelou a uma “uniformização de procedimentos para que todos os árbitros tenham um critério semelhante".
"Acabamos mais um jogo (com o Vitória de Setúbal] com dois jogadores expulsos. Não fazemos faltas excessivas e quase que não há faltas nos nossos treinos. Faço treinos com três faltas no máximo", afirmou.
O técnico recusou estar-se, assim, a vitimizar e alegou que o problema não é só do Boavista, frisando que "há jogos em Portugal que acabam com 40 faltas".
Confira aqui tudo sobre a competição.
Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.