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Futebol nacional com proteção da associação de ligas europeias da «ameaça» da UEFA

A Associação de Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), organismo que agrega 32 ligas e cerca de 900 clubes, vincou esta sexta-feira a oposição às ideias da UEFA, que podem dar primazia às provas europeias em relação às competições nacionais.

Futebol nacional com proteção da associação de ligas europeias da «ameaça» da UEFA

Perante os indícios de uma ‘revolução’ que pode tornar a Liga dos Campeões mais elitista e restritiva a partir de 2024, à medida dos maiores clubes europeus, Pedro Proença salientou o impacto que esses projetos podem ter numa “liga de média dimensão, como a portuguesa”, que preside, e um eventual aumento do fosso entre os emblemas mais poderosos e os outros.

“Há uma preocupação das ligas pela forma como estas novas competições podem ter impacto nas competições nacionais, não só os novos formatos e como podem ocupar alguns dos espaços preenchidos pelas competições nacionais, mas também o efeito que poderá ter esta nova forma distribuição de receitas e os fossos que pode criar entre os clubes que mais ganham e aqueles que menos ganham”, afirmou.

Em declarações após a assembleia geral da EPFL, que se realizou em Lisboa, nos últimos dois dias, Pedro Proença contestou também um dos pontos mais polémicos que, alegadamente, estão em discussão na UEFA: a realização de jogos das competições europeias aos fins de semana, sacrificando assim o espaço habitual dos jogos dos campeonatos nacionais.

“A proteção às ligas nacionais é absolutamente fundamental. É fomentando as ligas nacionais que podemos ter boas competições internacionais. [Os fins de semana] são um espaço vital para o desenvolvimento do futebol nacional. Parece desajustado e em nada iria beneficiar o futebol português. Estamos absolutamente contra. Temos de encontrar pontos de equilíbrio”, assinalou.

A posição da liga portuguesa foi partilhada pelo líder da congénere espanhola, Javier Tebas, que foi ainda mais longe e garantiu que um eventual avanço da UEFA nesse sentido merecerá luta nos tribunais.

“Não vai haver essa competição, nem reformas estranhas da Liga dos Campeões. Estou contra a que nos obriguem a reduzir jornadas e estou contra os jogos europeus ao fim de semana. São ideias que se têm no bar às cinco da manhã. Ninguém vai poder obrigar a liga espanhola ou qualquer outra liga. Iremos impugnar, contestar em Bruxelas ou nos órgãos que sejam necessários”, avisou.

A EPFL vai reunir-se com a Associação de Clubes Europeus (ECA), entre 06 e 07 de maio, seguindo-se um encontro com a UEFA, em 08 de maio. Para o líder das ligas europeias, Lars-Christer Olsson, a expectativa é que seja a “primeira de muitas reuniões” para se protegerem as competições nacionais.

“As competições mais importantes são as provas domésticas, são o esqueleto das competições. Estas são mais importantes para os adeptos do que as provas internacionais. Esperamos que o desenvolvimento das ligas domésticas possa acontecer em paralelo com as competições internacionais”, concluiu.

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