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A selecção portuguesa de futebol pode garantir quarta-feira um lugar nos quartos-de-final do Euro2008, caso vença a República Checa, em Genebra, e a anfitriã Suíça não ganhe à Turquia, na segunda jornada do Grupo A.
Mesmo que os helvéticos vençam, Portugal pode vir a assegurar o apuramento com seis pontos, mas a questão só ficaria definida na terceira ronda, domingo, pois ainda poderia vir a acontecer um empate a três entre portugueses, suíços e checos.
Quando, em fases finais, venceu os dois primeiros jogos, a equipa as “quinas” ultrapassou sempre a fase de grupos, no Mundial66, com a vitória a dois pontos, ao terceiro jogo, e no Euro2000 e no Mundial2006, logo ao segundo.
Como disse o seleccionador luso, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, o trabalho está 50 por cento feito, ou quase, e Portugal segue na liderança do agrupamento, após uma exibição convincente e uma vitória clara sobre a Turquia (2-0), sábado, na estreia.
Um golo de Pepe (quarta internacionalização “AA”), aos 61 minutos, e outro do suplente Raul Meireles (10ª), aos 93, selaram o triunfo da formação das “quinas”, que ainda atirou três bolas ao “ferro”, uma por Cristiano Ronaldo e duas por Nuno Gomes.
Com maior eficácia ou um pouco mais de sorte, Portugal poderia, de facto, ter conseguido uma goleada, num embate em que mostrou que é bem mais do que “Ronaldo e mais 10”, ao exibir um colectivo poderoso, que raramente se viu na qualificação.
Para início de “conversa” era difícil pedir mais, até porque também algumas dúvidas se desfizeram em relação à forma de alguns jogadores, nomeadamente de Petit e Deco, que, vítimas de sucessivas lesões, viveram temporadas muito problemáticas.
Se estes dois elementos mostraram estar bem, embora o “catalão” possa ainda não durar os 90 minutos, o que dizer do outro elemento do centro do terreno: João Moutinho - o substituto de Maniche - esteve fantástico, tanto a defender como a atacar.
O meio-campo, sempre um sector chave, esteve impecável, tal como a defesa, comandada por um Pepe imperial (melhor em campo), também pelo que fez ofensivamente, e um Ricardo Carvalho igualmente em “grande”. O guarda-redes Ricardo esteve bem no pouco que fez, enquanto os laterais Bosingwa e Paulo Ferreira foram regulares.
Na frente, Cristiano Ronaldo, mesmo sem deslumbrar, foi importante, tal como Simão, enquanto Nuno Gomes mostrou que o lugar de ponta-de-lança está bem entregue: fez a assistência para o golo de Pepe e só não marcou por infelicidade (duas bolas ao “ferro”).
Desta forma, é quase certo que Scolari repita o “onze” face aos checos, que, com alguma sorte à mistura, venceram a Suíça por 1-0, graças a um golo do suplente Vaclav Sverkos.
Sem o “cérebro” Tomas Rosicky, que falhou o Euro2008 por lesão, e já sem jogadores como Pavel Nedved ou Karel Poborsky, a República Checa está mais frágil que em anteriores competições, nomeadamente em relação ao Euro2004, em que foi semi-finalista.
A defesa, com o “capitão” Tomas Ujfalusi, Marek Jankulovski e o guarda-redes Petr Cech, companheiro de equipa de Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho no Chelsea, é o sector mais forte da equipa checa, que, como Portugal, poderá repetir a equipa titular.
Face aos helvéticos, o seleccionador Karel Brückner optou por Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulovski, à frente de Petr Cech, um meio-campo com Galasek, Jarolim e Polak e dois extremos (Sionko e Plasil) no apoio ao “gigante” Koller.
O encontro entre Portugal e a República Checa, da segunda jornada do Grupo A do Euro2008, realiza-se quarta-feira, a partir das 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio de Genebra, com arbitragem do grego Kyros Vassaras.
