Penafiel quer que a inscrição do Boavista seja considerada nula

''O Ministério das Finanças e a Segurança Social não podiam agir de outra forma, ou seja recusar o PEC, tendo em conta as dívidas do Boavista'', disse o presidente do Penafiel.

António Gomes considera que a ''verdade desportiva está a ser reposta'' e que o processo vai correr a favor do Penafiel, que reclama o lugar do Boavista na Liga de Honra de futebol.

O Instituto do Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) anunciou hoje que PEC requerido pelos ''axadrezados'' foi indeferido por falta de acordo dos principais credores, Finanças e Segurança Social, que entendem não estar reunidas as condições para aprovação.

Entre os motivos da recusa do acordo estão a falta de cumprimento de um anterior PEC e o continuado incumprimento das obrigações fiscais.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), por outro lado, reitera que o Boavista cumpriu todos os requisitos de inscrição nas competições profissionais, apesar de o IAPMEI ter recusado hoje o plano de regularização de dívidas ao Fisco e Segurança Social.

Fonte da LPFP disse à Agência Lusa que o clube cumpriu o nº3 do artigo 35º do regulamento de competições, tendo apresentado, a 07 de Agosto, um documento comprovativo da abertura do Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC) junto do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI).

A mesma fonte referiu que ''a Liga não foi notificada, nem tem conhecimento de nenhuma nova decisão do IAPMEI, relativamente ao Boavista'', pelo que as condições se mantêm.

Com a abertura do PEC, o clube foi autorizado pela Liga a registar novos contratos e a fazer renovações, não podendo, no entanto inscrever-se na Liga de Honra devido a dívidas a antigos jogadores, situação entretanto regularizada.

Na segunda-feira passada, o Boavista assegurou a participação na Liga de Honra, inscrevendo 19 jogadores, mais sete do que os exigíveis, tendo entregue toda a documentação necessária.

Entretanto, o clube, cujas dívidas ao Fisco rondam os 11,8 milhões de euros, viu o Estádio do Bessa ser penhorado por incumprimento de um PEC anterior, assumido durante a presidência de João Loureiro.