O Paços de Ferreira e o Gil Vicente empataram hoje sem golos em jogo da 17.ª jornada da I Liga de futebol, numa partida em que os pacenses acertaram duas vezes com a bola nos ferros da baliza gilista.
O Paços teve mais bola e iniciativa, terminando o jogo junto à área contrária, mas o Gil Vicente foi forte a defender e nunca deixou de explorar as transições, pelo que o empate premeia a vitória das defesas sobre os ataques.
Com este empate, o terceiro no histórico de confrontos entre as duas equipas na Capital do Móvel para o principal campeonato, o Paços isolou-se no 15.º lugar, com 16 pontos, enquanto o Gil Vicente é oitavo, com os mesmos 22 pontos do Vitória de Setúbal, que é nono.
Na antevisão ao jogo, Pepa tinha revelado o desejo do Paços de concluir a primeira volta com 18 pontos e a equipa entrou determinada a consegui-lo, jogando em velocidade e no último terço, remetendo o Gil à sua defesa.
As ações de Adriano Castanheira, aos três minutos, e João Amaral e Tanque a seguir, aos 13, com lances de finalização próximos da área de Denis, concorreram para explicar esta entrada forte no jogo dos locais, mas os gilistas souberam resistiram e, aos poucos, começaram a ter bola e a explorar as transições.
A formação de Barcelos domina os princípios básicos do jogo, não se sentindo desconfortável sem bola e consegue explorar bem as transições, quase sempre com Lourency em plano de evidência.
O extremo brasileiro trabalhou bem na esquerda aos 24 minutos e serviu o apagado Kraev, ao meio, mas o remate colocado e em jeito foi segurado por Ricardo Ribeiro, que, aos 36, ainda viu Sandro Lima passar por si, mas, para felicidade do Paços, rematou já com pouco ângulo e ao lado.
O Gil atacava menos, mas conseguia nesta fase ser mais perigoso, mas, perto do intervalo, numa das raras vezes em que o Paços conseguiu apanhar desprevenida defesa gilista, Hélder Ferreira cruzou atrasado da esquerda e Adriano Castanheira rematou às malhas laterais.
O segundo tempo acentuou-se a pressão e o domínio dos locais, destacando-se os dois remates aos ferros da baliza de Denis, protagonizados na sequência de lances de bola parada por Maracás (aos 59) e Tanque (71).
Até final, o Paços, sempre mais em esforço, conseguiu encostar o adversário à sua grande área, mas a defesa do Gil Vicente, como quase sempre aconteceu no jogo, acabou por resolver as situações e segurar um empate que acaba por se justificar.