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Covid-19: IHS Markit prevê recessão de 0,3% em Angola

A analista que segue a economia de Angola na IHS Markit disse hoje à Lusa que a consultora reviu a previsão de crescimento da economia, antecipando agora uma recessão de 0,3% do PIB este ano, devido à Covid-19.

Covid-19: IHS Markit prevê recessão de 0,3% em Angola

“Esperamos agora que a taxa de crescimento da economia de Angola se contraia, estimando 0,3% em 2020”, disse Thea Fourie à Lusa, no seguimento da divulgação de um relatório sobre o impacto da pandemia da Covid-19 na África subsaariana.

Por outro lado, apontou, a China deverá mostrar alguma flexibilidade nos pagamentos em petróleo que Angola continua a dar aos empréstimos chineses.

“Os bancos chineses mostram flexibilidade sobre a receção de carregamentos de petróleo, reduzindo as dificuldades nas reservas de moeda externa de Angola e gerando potencialmente mais reservas de moeda externa através da venda do crude no mercado”, disse a analista.

Questionada sobre como pode Angola preparar-se para os efeitos da propagação do novo coronavírus e dos preços historicamente baixos do petróleo, a analista concordou que “a margem orçamental é realmente limitada para apoiar a economia através de um programa de estímulos orçamentais que sejam significativos, principalmente com o país sob assistência financeira do FMI”.

Ainda assim, elencou, Angola pode preparar algumas medidas para mitigar o impacto da propagação do vírus, que segundo a Organização Mundial de Saúde em África, já atinge mais de 400 pessoas.

“O FMI já fez uma provisão para os países da África subsaariana afetados, no valor de 50 mil milhões de dólares [45,5 mil milhões de euros], ao abrigo da facilidade de crédito rápida, anunciada a 4 de março, e os países mais pobres podem aceder a 10 mil milhões de dólares [9,1 mil milhões de euros] com uma taxa de juro nula”, disse a analista, acrescentando que “vai haver um esforço para aumentar o fluxo de receitas depois da introdução do sistema de IVA, com uma forte probabilidade de mudar as prioridades face à despesa atual, suspendendo os projetos de capital”.

A prevenção, concluiu, “é provavelmente o melhor curso de ação para Angola”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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