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Covid-19: Federação equestre vê com «bons olhos» adiamento dos Jogos para 2021

O responsável da Federação Equestre Portuguesa (FEP) pelos Jogos Olímpicos Tóquio2020, António Frutuoso de Melo, mostrou-se favorável ao adiamento do evento desportivo para 2021, no âmbito da pandemia da Covid-19.

Covid-19: Federação equestre vê com «bons olhos» adiamento dos Jogos para 2021

Com cinco cavaleiros apurados para as provas de ensino, por equipas, e de saltos de obstáculos, individual, o responsável federativo defendeu que a opção a tomar deve ser aquela que melhor protege a "saúde pública", ainda para mais quando os comités olímpicos do Canadá e da Austrália já confirmaram a ausência de atletas, caso o evento no Japão se realize mesmo entre 24 de julho e 09 de agosto.

"O cancelamento não me parece bem. Parece-me bem o adiamento. Vejo com bons olhos que seja para 2021. Isso poderá eventualmente prejudicar alguns atletas e alguns cavalos, mas pode ser preferível a fazer os Jogos correndo-se o risco de haver mais países a dizerem que não enviam os seus atletas ou de haver uma recaída em termos de saúde pública", disse à Lusa.

Apesar de ter realçado que a FEP vai apoiar as decisões tomadas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), António Frutuoso de Melo confessou que a resistência ao adiamento até agora expressa pelos responsáveis japoneses e o prazo de quatro semanas para uma decisão definitiva do COI gera "uma ansiedade ainda maior" em quem está envolvido nos Jogos Olímpicos.

Enquanto perdura o impasse quanto às datas de Tóquio2020, o principal desafio dos cavaleiros apurados, mas também de agentes como "treinadores, tratadores e veterinários", disse o responsável, é o de se manterem "focados" numa altura em que todas as competições estão suspensas até ao final de abril, mesmo que o facto de todos os atletas terem os cavalos junto às residências facilite o trabalho.

Uma das atletas desse conjunto, Luciana Diniz, garantiu a terceira participação consecutiva na prova de saltos de obstáculos, através do ‘ranking' de qualificação, e disse em janeiro que gostaria de obter uma medalha, após o 17.º lugar em Londres 2012 e o nono no Rio2016.

António Frutuoso de Melo lembrou que a cavaleira, de momento mais "preocupada com a saúde pública", tem "muita experiência", já garantiu três cavalos na competição, podendo ainda apurar um quarto, e está “muitíssimo focada" em conseguir o seu melhor resultado se os Jogos se realizarem, independentemente da data.

O responsável frisou ainda que a variante de ensino em Portugal vive uma "onda de crescimento", tendo dito que a equipa formada pelos cavaleiros Maria Caetano, Rodrigo Torres, João Miguel Torrão e Duarte Nogueira, em quatro cavalos lusitanos, pode atingir um dos oito primeiros lugares nos Jogos, após ter-se apurado com um oitavo lugar no campeonato da Europa de 2019, em Roterdão (Países Baixos).

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