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Covid-19: Macau pediu a Hong Kong exceções à restrição de entrada a urgências

As autoridades de Macau admitiram hoje pedir a Hong Kong exceções às restrições de entrada no território vizinho nos casos urgentes que exigem tratamento médico naquela cidade, cuja ligação através de transportes públicos está suspensa.

Covid-19: Macau pediu a Hong Kong exceções à restrição de entrada a urgências

No início de fevereiro, Hong Kong suspendeu todas as ligações marítimas com Macau. Uma medida para conter o surto da covid-19 reforçada a partir de hoje, com as autoridades a fazerem o mesmo com os transportes públicos que asseguravam a única ligação entre as duas cidades, através da ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai.

Na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, as autoridades admitiram que podiam tentar assegurar algumas exceções, mas sublinharam que a análise dos casos seria apenas realizada quando se tratasse comprovadamente de alguma emergência médica à qual não fosse possível dar resposta em Macau.

Se por um lado apontaram que era preciso respeitar as decisões das autoridades de Hong Kong, por outro salientaram o facto de o trânsito transfronteiriço poder potenciar o risco de contágios, lembrando que o interesse público é uma prioridade e que não pode ser colocada em causa a segurança da comunidade.

A inexistência de transportes públicos - até agora assegurados pelas ligações marítimas (uma delas direta para o aeroporto internacional de Hong Kong) e através da ponte que liga as duas regiões administrativas especiais e a China continental (Zuhai) – está a afetar também os trabalhadores não-residentes (TNR) que querem abandonar o território e cujo visto laboral expirou.

As situações terão de ser analisadas caso a caso, reiteraram as autoridades, recordando, contudo, que as pessoas, apesar das restrições em outros países e territórios, não estão proibidas de sair de Macau, mas apenas de entrar.

Essa é outra das questões: TNR que foram surpreendidos pela decisão de Macau de proibir a sua entrada. Alguns ficaram em Hong Kong, após cumprirem uma quarentena obrigatória na cidade vizinha, à espera que a capital mundial do jogo volte a abrir as portas para regressarem aos respetivos empregos, embora as autoridades continuem a não avançar qualquer previsão sobre o momento em que tal pode acontecer.

Para além de nenhum transporte público fazer a ligação entre as duas regiões, à exceção de carros particulares autorizados e transporte de mercadorias, também há a registar outras restrições de horário na travessia da ponte, desde hoje: os corredores de entrada e saída de veículos, antes abertos 24 horas, estão agora a funcionar entre as 06:00 e as 22:00, enquanto os postos fronteiriços estão operacionais apenas entre as 10:00 e as 20:00.

Na terça-feira, já terminara o transporte assegurado pelas autoridades de Macau a residentes que regressavam ao território através do aeroporto internacional de Hong Kong, uma espécie de corredor excecional que teve sobretudo como destino hotéis, onde milhares de pessoas têm sido obrigadas a cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias.

Depois de Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infeção, a partir de meados de março foram identificados 34 novos casos, todos importados.

Em fevereiro, Macau registou uma primeira vaga de 10 casos da covid-19, já todos com alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram as medidas de controlo e restrições fronteiriças, assim como a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias imposta a praticamente todos aqueles que entrem no território.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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