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Covid-19: Líderes do G7 pedem avaliação e reforma da Organização Mundial da Saúde

Os Estados Unidos anunciaram hoje que os líderes dos sete países mais ricos do mundo (G7) reconhecem a necessidade «de uma avaliação e reforma abrangente» da Organização Mundial da Saúde (OMS), entidade que tem sido criticada por Washington.

Covid-19: Líderes do G7 pedem avaliação e reforma da Organização Mundial da Saúde

“Os líderes reconheceram que os países do G7 contribuem anualmente com mais de mil milhões de dólares (cerca de 921 milhões de euros) para a OMS e uma grande parte da conversa [mantida entre os representantes] focou-se na falta de transparência e na má gestão sistemática da pandemia pela OMS”, indicou um comunicado assinado pela administração norte-americana.

Os líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) reuniram-se hoje, por videoconferência, após uma convocação por Washington, que ocupa a presidência rotativa do grupo.

Esta reunião virtual acontece poucos dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a suspensão da contribuição financeira dos EUA para a OMS.

O comunicado emitido pela Casa Branca dá a entender que os líderes do G7 apoiam as críticas que Trump lançou contra a OMS, mas, momentos antes da divulgação desta nota, o porta-voz do governo alemão tinha afirmado que a chanceler alemã, Angela Merkel, tinha defendido a OMS durante a videoconferência.

“A chanceler destacou que a pandemia só pode ser superada com uma resposta internacional forte e coordenada", informou Steffen Seibert.

O porta-voz alemão indicou ainda que Merkel frisou que a OMS desempenha um papel essencial nessa resposta internacional.

O comunicado emitido pela Casa Branca (Presidência norte-americana) diz igualmente que os líderes do G7 se comprometeram a trabalhar juntos para a reabertura “com segurança” das respetivas economias, bem como discutiram esforços “para reunir as respetivas investigações e conhecimentos sobre a covid-19” e para partilhar “dados epidemiológicos e contra-medidas que provem ser eficazes”.

Os líderes “acordaram em permanecer determinados em tomar todas as medidas necessárias para garantir uma resposta global firme e coordenada face a esta crise sanitária e à catástrofe humanitária e económica associada a ela, e para promover uma recuperação forte e duradoura", acrescentou o comunicado norte-americano.

Trump anunciou na terça-feira que vai suspender a contribuição financeira do país para a OMS, justificando a decisão com a "má gestão" da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

"Ordeno a suspensão do financiamento para a Organização Mundial da Saúde enquanto estiver a ser conduzido um estudo para examinar o papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus", disse o líder norte-americano.

Donald Trump, que falava aos jornalistas na Casa Branca, em Washington, referiu na altura que os EUA contribuem com "400 a 500 milhões de dólares por ano" (entre 364 e 455 milhões de euros) para a OMS, em oposição aos cerca de 40 milhões de dólares (mais de 36 milhões de euros), ou "ainda menos", que disse ser o investimento da China naquela organização.

A decisão norte-americana foi imediatamente criticada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que sublinhou que este "não é o momento de reduzir o financiamento das operações" da OMS ""ou de qualquer outra instituição humanitária que combata o vírus" SARS-CoV-2.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

O surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

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