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Covid-19: PR moçambicano diz que «as coisas continuaram a acontecer» após 100 dias de Governo

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que, apesar do distanciamento social face à covid-19, o país continua «firme e focado», considerando que «as coisas continuam a acontecer» após 100 dias de governação no seu novo mandato.

Covid-19: PR moçambicano diz que «as coisas continuaram a acontecer» após 100 dias de Governo

"Foram 100 dias onde as coisas continuaram a acontecer, apesar do distanciamento social ter condicionado a conclusão de mais realizações", declarou o chefe de Estado moçambicano, numa comunicação à nação, transmitida em direto pela Televisão de Moçambique.

Filipe Nyusi, que começou o segundo mandato em 15 de janeiro, depois das eleições gerais de outubro do ano passado, frisou que o seu executivo continua "firme e focado", apesar de enumerar, além da covid-19, vários desafios, entre os quais a insegurança no centro e norte do país, que terão condicionado a coleta de receitas e a mobilidade.

Grupos armados têm realizados ataques desde outubro de 2017 em Cabo Delgado, incursões que já provocaram a morte de mais de 400 pessoas naquela região.

"Os ataques são protagonizados por gente intencionada, envolvendo cidadãos com mentes manipuladas, ingénuas e desconhecedores da nossa história", declarou o chefe de Estado moçambicano.

Por outro lado, no quadro do acordo de paz assinado em agosto, Filipe Nyusi apontou o desarmamento da Renamo como outro desafio, com o registo de ataques armados no centro de Moçambique que as autoridades atribuem a um grupo dissidente do principal partido de oposição liderado por Mariano Nhongo e que já causaram a morte de pelo menos 23 pessoas.

"Continuamos com a mesma determinação de implementar com celeridade o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração de elementos armados da Renamo, exigindo a mesma correspondência por parte daquele partido", declarou Nyusi, apontando este como um dos primeiros desafios e que deverá ser enfrentado com "bravura".

No seu discurso, o chefe de Estado enumerou vários feitos durante os primeiros 100 dias do seu novo mandato, destacando a criação de 48 mil empregos e abertura de novas vias entre outras realizações.

Filipe Nyusi mostrou-se também otimista com os mega projetos de exploração de gás natural em Cabo Delgado, apesar da petrolífera norte-americana ExxonMobil, que lidera um dos três planos de desenvolvimento, ter anunciado o adiamento da decisão final de investimento.

No quadro da adequação dos planos do seu executivo aos desafios impostos pela covid-19, Nyusi destaca um plano que comporta um orçamento de 48 mil milhões de meticais (654 milhões de euros), 27 mil milhões de meticais (368 milhões de euros) destinados ao auxílio dos mais vulneráveis.

Com total de 76 casos registados, Moçambique vive em estado de emergência durante o mês de abril, com escolas e espaços de lazer encerrados, bem como proibições de aglomerações.

Filipe Nyusi foi reeleito nas eleições de 15 de outubro em Moçambique com 73% dos votos, num escrutínio em que o seu partido, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), também obteve a maioria qualificada nas legislativas e provinciais.

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