II Divisão poderá voltar a ser disputada em três séries

Os modelos em vigor desde 2007/08 não acolheram o agrado da generalidade dos clubes, que se queixaram que estes desvirtuavam a verdade desportiva e tornavam a competição dispendiosa por causa das inúmeras deslocações às regiões autónomas.

A FPF criou um grupo de trabalho constituído por elementos das associações distritais/regionais e da própria federação para procederem a uma revisão dos quadros competitivos de seniores, que será apresentada a 31 de Janeiro, data da Assembleia Geral.

Para 2009/10, época transitória para o novo modelo, é proposto que o Nacional da II Divisão seja disputado por 48 clubes, divididos em três séries de 16 clubes, que jogarão entre si a duas voltas para apurar o vencedor de cada série para uma fase final. O modelo da II Divisão deverá manter-se para as épocas seguintes.

Nesta fase, os três vencedores jogam entre si a duas voltas para apurar a classificação final, subindo à Liga de Honra os dois ou três clubes melhor classificados, enquanto à III Divisão descerão os quatro últimos classificados de cada série.

Já o campeonato nacional da III Divisão será disputado por 96 clubes em duas fases. Na primeira, os 96 clubes serão divididos em oito séries, seis do Continente com 12 clubes cada, mais uma dos Açores e outra da Madeira, ambas de 12 clubes.

Na primeira fase, os clubes de cada série jogam entre si a duas voltas, com os seis primeiros a seguir para a fase de subidas e os seis últimos para a de descidas, para onde passam com 50 por cento dos pontos obtidos.

Na fase de subidas, os clubes jogam entre si a duas voltas, subindo os dois primeiros à II Divisão, enquanto na de descidas, e apenas nesta época de transição, descem os três últimos.

Para 2010/11, os dois primeiros de cada série sobem à II Divisão, enquanto os restantes clubes vão participar no campeonato da III Divisão Pró-Nacional de âmbito Regional/Distrital.

A partir desta época, o campeonato da III Divisão Pró-Nacional será disputado em duas fases, uma de âmbito Regional ou Distrital, da exclusiva responsabilidade das respectivas associações, e outra de âmbito Nacional.

A de âmbito Nacional será disputada por 24 clubes, os 18 vencedores dos campeonatos distritais do Continente, mais os vencedores da Madeira e dos Açores e quatro clubes indicados pelas associações com mais clubes inscritos nas provas Distritais/Regionais da época anterior.

Na primeira fase, os 24 clubes são divididos em seis séries de quatro clubes cada, através de sorteio com as condicionantes actuais para as deslocações às ilhas, jogando entre si a duas voltas.

No final do campeonato sobem à II Divisão os 12 clubes classificados nos dois primeiros lugares de cada série, voltando os restantes à fase regional ou distrital da prova. O grupo de trabalho frisa que a situação dos clubes das duas regiões autónomas fica salvaguardada face o seu regulamento específico.

Está ainda previsto que as competições da fase regional ou distrital devem ter um mínimo de 10 clubes e um máximo de 16, devendo estar concluídas até 30 de Março.

Também os campeonatos nacionais de juniores e de juvenis têm propostas de reformulação, pretendendo o grupo de trabalho que, com as suas propostas, o jovem jogador português saia mais valorizado.