O Belenenses SAD somou hoje o quinto jogo consecutivo sem perder na I Liga de futebol, ao impor-se na deslocação ao lanterna-vermelha Desportivo das Aves, por 2-0, num encontro da 25.ª jornada de fácil resolução.
Na Vila das Aves, um autogolo do guarda-redes brasileiro Fábio Szymonek (11 minutos) e um tento de Silvestre Varela (39) confirmaram o regresso dos lisboetas aos triunfos, após quase três meses de paragem devido à pandemia de covid-19, perante um adversário sem confiança nem capacidade para disfarçar a crise desportiva, diretiva e financeira.
Os ‘azuis’ consolidaram o 13.º posto, com os mesmos 29 pontos de Boavista e Vitória de Setúbal, 10 acima da zona de salvação, onde surgem os avenses, cada vez mais próximos da despromoção, na 18.ª e última posição, com apenas 13 pontos, menos nove que o Paços de Ferreira, a primeira equipa acima da ‘linha de água’.
Encarando bancadas vazias e a ausência dos influentes Beunardeau e Welinton Júnior, desvinculados desde abril pelo atraso salarial entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, Nuno Manta Santos devolveu Mohammadi ao ataque e entregou a baliza a Fábio Szymonek, que encaixou um pontapé frontal de Silvestre Varela logo ao oitavo minuto.
A frescura física e mental dos lisboetas rendeu frutos três minutos mais tarde, quando o guarda-redes brasileiro desviou com o calcanhar para a própria baliza um desvio subtil de Marco Matias ao poste direito, na sequência de uma cavalgada isolada de Nilton Varela pelo flanco esquerdo, aproveitando a desorientação contrária na cobertura zonal.
Apesar da vantagem madrugadora, o Belenenses SAD manteve o bloco adiantado e a simplicidade em posse, agudizando as dificuldades de construção do Desportivo das Aves, que se limitava às movimentações em profundidade e só espreitou o perigo através da bola parada, num cabeceamento torto de Ricardo Mangas aos 33 minutos.
Até ao descanso o duelo desenrolou-se num ritmo baixo e mastigado, em função da pausa competitiva prolongada, panorama agitado apenas pela inspiração individual de Silvestre Varela aos 39 minutos, ao escapar-se à marcação de Rúben Oliveira para assinar um remate longínquo em arco indefensável para Fábio Szymonek.
A etapa complementar devolveu uma reação tímida dos nortenhos, expressa na presença atacante dos recém-entrados José Varela e Marius, que desataram a linha de cinco defesas e esboçaram linhas de passe no meio-campo ‘azul’, mas pecaram pela falta de criatividade e de argumentos coletivos na hora de penetrar em zonas de finalização.
Nesse aspeto os pupilos de Petit mostraram outra clarividência e ameaçaram o terceiro festejo em duas transições finalizadas por Mateo Cassierra (58 e 63 minutos), numa postura expectante que assegurou o quarto jogo seguido sem golos consentidos, para desespero dos avenses, que registam 10 derrotas em 13 duelos caseiros.
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