Quase 30 pessoas entraram ilegalmente nas fronteiras terrestres de Timor-Leste desde o passado 28 de maio, das quais seis foram deportadas, tendo as restantes ficado em quarentena, anunciaram hoje as autoridades timorenses.
Os dados foram divulgados pela porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), Odete Viegas, numa conferência de imprensa em que atualizou a informação do combate à pandemia da covid-19 em Timor-Leste.
O país está atualmente sem casos confirmados da doença, não tendo um novo caso há 45 dias, mantendo até pelo menos ao final do mês o estado de emergência com as fronteiras fechadas.
As entradas ilegais são atualmente a maior preocupação das autoridades timorenses nesta matéria, com os dados a mostrarem que apesar do reforço do patrulhamento, tanto timorenses como indonésios tentam atravessar ilegalmente as fronteiras.
Desde o dia 28 de maio, 12 pessoas entraram ilegalmente na zona de Batugadé, junto da costa norte, das quais dez timorenses ficaram em quarentena e dois outros, indonésios, foram deportados.
Mais a sul, na zona de Suai, entraram ilegalmente seis pessoas, três delas colocadas em quarentena e as restantes deportadas.
No caos do enclave de Oecusse-Ambeno registaram-se nove entradas ilegais em três zonas - Oesilo (dois), Pasabe (quatro) e Oelula (três), tendo oito pessoas ficado em quarentena e um sido deportado.
Odete Viegas confirmou ainda que um caso suspeito reportado no hospital de Suai, com sintomas de covid-19, teve resultados negativos nos testes realizados em Díli.
Desde o início da pandemia, Timor-Leste realizou um total de 1.653 testes, dos quais 24 tiveram resultado positivo – o número máximo de doentes infetados, entretanto recuperados – com 38 pessoas ainda à espera de conhecer os resultados e 114 pessoas em quarentena.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.