Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais nove casos positivos de covid-19, elevando o total de infetados pelo novo coronavírus de 424 para 433 e mantendo dois óbitos, anunciou hoje a diretora de Saúde Pública.
"São todos cidadãos de nacionalidade moçambicana", disse Rosa Marlene, na atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.
Os novos casos foram registados nas províncias de Cabo Delgado (01), Sofala (01) e Maputo (06) e cidade de Maputo (01), avançou a dirigente.
"Os doentes estão todos em isolamento domiciliar", declarou Rosa Marlene.
Dos 433 casos registados em Moçambique, 396 são de transmissão local e 37 são importados, havendo registo de dois mortos e cinco internados.
O Ministério da Saúde indicou ainda que 131 pessoas estão recuperadas.
Do total, as províncias de Cabo Delgado, Nampula e cidade de Maputo lideram com o maior número de casos, com 164,126 e 68, respetivamente, estando os restantes distribuídos pelo país.
Desde o anúncio do primeiro caso em Moçambique, em 22 de março, foram feitos 14.580 testes e foram submetidas a quarentena cerca de 18 mil pessoas das mais de 800 mil rastreadas, continuando 2.050 a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde moçambicanas.
Em África, há 5.175 mortos confirmados em mais de 189 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.368 casos e 12 mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (567 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (513 casos e 12 mortos) e Angola (91 infetados e quatro mortos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar mais de 685 mil infetados e 37.312 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 403 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.