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Covid-19: Cabo Verde ainda sem condições para isolamento domiciliário dos casos positivos

Cabo Verde está a ponderar a possibilidade de isolamento domiciliário dos doentes de covid-19, mas todas as condições ainda não estão reunidas e «fala mais alto» a segurança sanitária da população, disse hoje fonte oficial.

Covid-19: Cabo Verde ainda sem condições para isolamento domiciliário dos casos positivos

“Esta questão [do isolamento domiciliário] tem sido equacionada pelo Ministério da Saúde há já algum tempo, inclusive foi feito um trabalho com um grupo de técnicos da área social, foi desenvolvida uma ferramenta que permite agrupar informação dos aspetos sociais das pessoas com infeção pelo novo coronavírus”, disse o diretor do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças de Cabo Verde.

Jorge Noel Barreto, que falava durante o ponto de situação da doença no país, explicou que o isolamento institucional providenciado pelo Ministério da Saúde é no sentido de garantir que todas as medidas de prevenção e de precaução estão a ser acauteladas.

O responsável lembrou que, durante o estado de emergência, houve pessoas que não cumpriram as recomendações emanadas pelo Governo.

“Assim que o Ministério da Saúde entender que há condições para a segurança sanitária da população, essa decisão será anunciada”, garantiu o porta-voz do Governo, reconhecendo que não se pode obrigar ninguém a ficar isolado, fora do período de emergência, mas sublinhou que se trata-se de uma situação especial, de saúde pública.

Jorge Barreto disse que “seria muito melhor” para o Ministério da Saúde, se os isolamentos pudessem ser feitos na casa de cada uma, porque teria menos custos.

“Mas, em contrapartida, há todo um risco de saúde pública que o Ministério da Saúde tem todo o dever de salvaguardar”, prosseguiu a mesma fonte, dizendo que as autoridades de saúde estão a ver até que ponto há preparação para que esta medida possa ser adotada.

“Nós não podemos esquecer que estamos a falar de segurança sanitária da população”, insistiu Jorge Barreto.

O dirigente indicou que há pessoas que foram orientadas para ficarem de quarentena e saíram para irem fazer teste rápido e também para fazer compras.

“Nestas situações, quem é que vamos responsabilizar se houver uma propagação do vírus na população. Fica uma situação bastante complicada. Compreendemos que as pessoas têm os seus direitos, existe a legislação que também temos que respeitar, mas penso que neste momento fala mais alto a questão da segurança sanitária”, disse o diretor, que pediu entendimento e colaboração das pessoas.

O diretor do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças indicou que o país tem neste momento um acumulado de 567 casos, dos quais 274 recuperaram e há 286 doentes ativos e em isolamento institucional, representando 50,6% do total.

O país registou ainda cinco óbitos e dois turistas estrangeiros regressaram aos países de origem.

Das nove ilhas habitadas do arquipélago, quatro já registaram casos da doença: São Vicente (09), Sal (08), Boa Vista (57) e Santiago (493, dos quais 474 na Praia).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 403 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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