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PM Boris Johnson diz que britânicos «estão fartos» de falar do ‘Brexit’

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, argumentou hoje que os britânicos «estão fartos» de falar sobre o ‘Brexit' para justificar a recusa em pedir à União Europeia (UE) um prolongamento das negociações para um acordo bilateral.

PM Boris Johnson diz que britânicos «estão fartos» de falar do ‘Brexit’

"Eu acho que as pessoas deste país estão sinceramente fartas de continuar a falar sobre o ‘Brexit' e o que querem é que seja concretizado. Nós executámo-lo (com a saída formal do bloco em 31 de janeiro) e agora estamos a avançar", disse, durante o debate semanal no parlamento, em resposta ao líder interino dos Liberais Democratas, Ed Davey.

“Devido à crise da covid-19, dezenas de milhares de empresas britânicas arriscam a falência e milhões de pessoas arriscam o desemprego”, avisou Davey, exortando Johnson a aceitar uma extensão para ganhar “espaço para respirar” e salvar postos de trabalho.

O instituto nacional de estatísticas britânico (ONS) revelou na semana passada que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido contraiu 20,4% em abril, uma queda mensal recorde resultante da interrupção da atividade económica durante o período do confinamento iniciado a 23 de março.

Mas Johnson disse que a saída da UE vai dar ao Reino Unido maior flexibilidade na resposta à crise económica causada pela pandemia.

“Vamos poder fazer coisas de forma diferente e responder às necessidades económicas de forma criativa e construtiva, olhando para a regulamentação e formas de apoiar as indústrias que não poderíamos fazer antes”, vincou.

O Governo britânico já tinha formalizado na semana passada a decisão de não prolongar o período de transição que acaba a 31 de dezembro deste ano e que mantém o Reino Unido no mercado único e estruturas europeias enquanto decorrem negociações para um novo acordo de comércio.

Esta segunda-feira, em declarações após uma reunião por videoconferência com dirigentes europeus, Johnson disse acreditar que será possível chegar a um acordo até julho, apesar de quatro rondas de reuniões entre equipas negociadoras terem terminado em impasse.

A dissociação da UE dá maior liberdade ao Reino Unido para negociar acordos com outros países, tendo hoje anunciado o início de negociações com a Austrália e Nova Zelândia, ao mesmo tempo que decorrem contactos com o Japão e os Estados Unidos.

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