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Covid-19: Governo de Macau aponta para dezembro início da recuperação económica

O chefe do executivo de Macau apontou para dezembro o início da recuperação económica do território, avisando que o Governo pretende conter as despesas, mas só aquelas não “relacionadas com o bem-estar dos cidadãos”.

Covid-19: Governo de Macau aponta para dezembro início da recuperação económica

Citado num comunicado divulgado hoje, Ho Iat Seng afirmou que o Governo não está a equacionar para já mais medidas de apoio económico à população, até porque há apoios económicos vão estender-se até dezembro, “altura em que espera um começo na recuperação da economia de Macau”.

Ho Iat Seng disse ainda, à margem das corridas dos Barcos de Dragão, na quinta-feira, acreditar que se em julho “o Interior da China e outros locais avançarem com a abertura das fronteiras com Macau, certamente irá ser um suporte para a economia”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou uma contração de 29,6% da economia de Macau este ano, devido à pandemia da covid-19, num território cuja economia é altamente dependente do jogo e que registou receitas de 292,46 mil milhões de patacas (cerca de 32,43 mil milhões de euros) no final de 2019, com o Governo a estimar um défice de 40 mil milhões de patacas (cerca de 4,5 mil milhões de euro) este ano.

Relativamente à recuperação económica do território, em crise devido à covid-19, o chefe do Governo de Macau, apontou que o executivo “realizou inúmeras medidas e empenhou os esforços possíveis na sua concretização, tal como, através da nova ronda de medidas do subsídio de consumo de (cinco mil patacas 558 euros) para cada pessoa, a lançar em agosto, e nos programas de excursões locais, lançados em junho e julho”.

Ho Iat Seng, que prometeu contenção nas despesas, exceto com as “relacionadas com o bem-estar dos cidadãos”, emitiu um despacho em boletim oficial, na segunda-feira, no qual garantiu que “quanto aos serviços e organismos que adotam o regime de contabilidade de caixa, o valor orçamentado não deve exceder o valor constante no Orçamento do ano económico de 2020, aprovado pela Lei n.º 22/2019 (Lei do Orçamento de 2020), e deduzido de 10% das despesas correntes”.

Esta quinta-feira, o Chefe do executivo, em relação às restrições fronteiriças, disse que está em “está em constante contacto com as autoridades do interior da China e Hong Kong, relativamente à retoma da passagem fronteiriça” e que as autoridades estão a realizar “testes a nível técnico, de forma ativa, para preparar a implementação das respetivas medidas o mais rápido possível”.

“Tendo em conta as atuais mudanças da epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus e às previsões iniciais de retoma de passagem fronteiriça para junho, com os recentes acontecimentos em Pequim houve necessidade de impor novas exigências nos trabalhos de prevenção, por isso espera 'boas notícias' em julho, mas ainda não pode confirmar nada”, lê-se na mesma nota.

As declarações de Ho Iat Seng foram feitas horas antes de os serviços de saúde anunciarem um novo caso de contágio da covid-19, o primeiro no território desde o dia 09 de abril.

Trata-se de um residente de Macau, de nacionalidade filipina. O homem de 57 anos, explicou à Lusa fonte dos serviços de saúde, “chegou ao território por ferry (...) vindo de Manila, via Hong Kong”.

Desde 16 de junho e até 17 de julho está aberto um corredor especial entre o território e Hong Kong, para permitir a pessoas retidas pela pandemia o regresso a casa.

Macau estava sem registar novos casos desde 09 de abril.

Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de janeiro. O território registou então uma primeira vaga de dez casos. Seguiu-se outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países estrangeiros.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 484 mil mortos e infetou mais de 9,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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