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Benfica: Quique Flores assume «dor» com o adeus ao segundo lugar

O treinador do Benfica, Quique Flores, assumiu hoje sentir “dor” com um eventual afastamento definitivo do segundo lugar da Liga portuguesa de futebol, após o empate com o Trofense (2-2), na 28.ª jornada da Liga portuguesa de futebol.

“O que me dói é termos menos pontos do que prevíamos e que a equipa estava preparada para ter. A estatística não interessa, não importa se temos mais posse de bola, mais remates, o que dói é saber que somos capazes e não conseguirmos exercer essa superioridade sobre os adversários”, disse o técnico, em conferência de imprensa.

Admitindo a falta de “oito pontos”, Quique Flores, evocando o piloto de Fórmula 1 Fernando Alonso, reconheceu ter “faltado motor” aos “encarnados”: “não sei se por sorte, coragem, determinação, qualquer coisa a mais que se exige a uma grande equipa”.

Encarando a possibilidade de ficar arredado do segundo lugar, bastando para isso um triunfo ainda hoje do Sporting na recepção ao Vitória de Setúbal, o treinador do Benfica frisou a sua dor: “não temo, dói-me muito”.

“Foi um jogo que parecia estar sempre controlado, à excepção das bolas paradas, cantos e livres. Não se pode explicar muito bem. Tivemos sempre a posse de bola, criámos muitas ocasiões, mas tivemos falta de concentração nestes lances”, explicou, assegurando ser conhecedor da forma de cruzar de Hugo Leal.

Quique Flores caracterizou ainda de “surpreendente” o comportamento dos adeptos, reconhecendo-lhes, porém, o direito à desolação: “têm o direito de expressar a dor que todos nós, os benfiquista, sofremos e devem expressá-lo”.

Enaltecendo que a equipa “fez muitas coisas boas durante a época, mas não chegaram”, Quique Flores reconheceu a impossibilidade de “inverter a situação”.

“Em todos os momentos da minha vida, quer como futebolista, quer como treinador, soube sempre estar e adaptar-me ao contexto e exigências dos clubes. Eu vim aqui fazer um esforço monumental para tentar mudar a dinâmica e dizem que eu não percebo de futebol português”, disse.

O técnico espanhol prosseguiu: “posso entender que se diga tudo de mim, mas não vim para o Benfica fazer o mes4mo que os outros treinadores fizeram nos últimos anos, porque não ganharam nada”, disse, lembrando a conquista da Taça da Liga, numa polémica final face ao Sporting.

Questionado sobre se estaria a fazer um “discurso de despedida”, Quique Flores escusou-se a especificar: “como quiserem interpretar. É um discurso interior, é aquilo que eu sinto. Chamaram-nos a todos para mudar as coisas vindo de fora e o resultado foi este. Se não estiverem todos felizes há que falar e reflectir”.

Por seu lado, e apesar de considerar justo o resultado, o treinador do Trofense manifestou-se insatisfeito apenas com o empate: “com mais astúcia poderíamos almejar um outro resultado”.

“Sabíamos que tínhamos de ser fortes, sobretudo em acções de cobertura às laterais do Benfica. Nos primeiros 15 minutos, isso aconteceu, depois tivemos a felicidade de marcar um golo, mas aí devíamos ter sabido gerir melhor o jogo”, referiu Tulipa.

O técnico do Trofense classificou Urreta como “determinante” para a reviravolta, tendo ajudado a “mudar o jogo a favor do Benfica”, apontando aos “encarnados” a dificuldade em jogar quando não estão com a posse da bola.

Reconhecendo a “situação difícil” na tabela classificativa, Tulipa prometeu ainda “seriedade e empenho” no jogo diante do FC Porto, na próxima jornada: “vamos jogar toda a nossa época”.

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