Rio Ave e Boavista não foram hoje além de um empate sem golos, em partida da nona jornada da I liga portuguesa de futebol, em que as duas equipas sentiram muitas dificuldades na finalização.
Os vila-condenses até foram, globalmente, superiores, mostrando-se mais pressionantes e criando mais oportunidades de golo, perante um adversário que fez da coesão defensiva o seu maior triunfo, e até teve uma das melhores chances para marcar, já na parte final do desafio.
Com este empate, o Rio Ave passa a somar 11 pontos e ocupa o oitavo lugar, enquanto os 'axadrezados', que têm apenas um triunfo em nove jogos, deixaram o lugar do 'play-off' de manutenção, ao somarem oito pontos.
O Rio Ave até entrou no jogo a tentar fazer cumprir a promessa do seu técnico Mário Silva, que na véspera tinha dito que ia ganhar este desafio, instalando-se no meio campo contrário e pressionando o adversário, tentando encontrar brechas.
Diego Lopes, logo aos 11 minutos, deixou o primeiro aviso dos vila-condenses, com um remate à figura do guarda-redes Léo Jardim, que regressou aos Arcos, agora na pele do adversário.
O Boavista ia mantendo a coesão defensiva perante as investidas dos locais, e sempre que conseguia aproveitava a velocidade dos seus atacantes para esboçar alguns contra-ataques.
Numa dessas tentativas, Gustavo Sauer rematou forte, mas para defesa de Kieszek, que nesta primeira parte foi quase sempre um espetador na baliza vila-condenses.
Mesmo sem um futebol de deslumbrar, o Rio Ave foi a equipa que mais fez para inaugurar o marcador, e já depois de meia hora criou a sua melhor oportunidade até então, num cruzamento de Pedro Amaral, que Gelson Dala desviou de primeira, mas deparou-se com uma das defesas da noite e Leo Jardim.
Ainda antes do intervalo, Filipe Augusto ainda tentou dar sequência ao ascendente da formação da foz do Ave, com um remate de longe, sem a melhor pontaria, fazendo arrastar o nulo até a tempo de descanso.
No reatamento, o Rio Ave voltou a surgir com maior balanço ofensivo, mas sentiu, de novo, dificuldades na definição final, também por mérito do Boavista que fechava bem os caminhos para a sua baliza.
Gelson Dala e Carlos Mané ainda tentaram ludibriar as ‘panteras', mas apesar de pisaram várias vezes as áreas perigosas, a equipa não disfarçava o porquê de ser uma das equipas do campeonato com menor eficácia.
Do outro lado, os ‘axadrezados' não conseguiam inverter a falta de tração ofensiva e astúcia para explorar o adiantamento do adversário, e só na parte final, se revelaram verdadeiramente perigosos num contra-ataque desenhado por dois jogadores vindos do banco.
Na sequência de uma perda de bola de André Pereira, Elis conduziu a jogada e cruzou, mas Nuno Santos, com a baliza à mercê, fez o mais difícil, atirando contra o corpo do guarda-redes Kieszek, naquela que foi a melhor oportunidade da equipa, já aos 85.
O Rio Ave ainda teve um esforço final para conquistar algo mais, num livre de Meshino, mas que foi o espelho o desacerto da equipa nos momentos decisivos, fazendo arrastar o 0-0 até ao derradeiro apito.