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Rali Portugal: INEM assegura que meios afetos ao evento não afetam emergência

O INEM assegurou hoje que os meios afetos ao apoio ao Rali de Portugal não põem em causa a atividade primária de operacionalização dos meios de emergência no país, numa resposta às críticas do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

Rali Portugal: INEM assegura que meios afetos ao evento não afetam emergência
Lusa

"Todas as viaturas alocadas ao Rali são viaturas de reserva, ou seja, são veículos geralmente utilizados nos eventos em que o INEM tem a responsabilidade de garantir o apoio médico, ou na resposta a situações de exceção", afirma aquela entidade em resposta a questões colocadas pela Lusa, após o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar ter criticado hoje a gestão de meios afetos ao evento.

Segundo o sindicato, a gestão de meios do INEM para o Rali de Portugal levou a que várias ambulâncias no país ficassem paradas por falta de operacionais e pode atrasar o socorro à população.

De acordo com o INEM, durante o período em que decorre o Rali, "são inclusivamente operacionalizadas mais duas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) na cidade do Porto", viaturas que não estão alocadas ao evento, mas que devido ao expectável aumento de afluência de pessoas na cidade, encontram-se operacionais.

Além destas duas viaturas, a Proteção Civil Municipal do Porto, em articulação com o INEM, "montou um dispositivo de reforço ao socorro na cidade", que inclui três ambulâncias de socorro e uma equipa apeada, refere aquela entidade.

Quanto aos meios humanos, o INEM garante que "os profissionais que integram o dispositivo extraordinário de apoio ao Rali estão afetos a este evento por disponibilidade prévia, considerando as suas folgas e, em alguns casos, por cancelamento de dias de férias, não colidindo, portanto, com a atividade primária de operacionalização dos meios de emergência, um dos requisitos para poderem integrar este dispositivo".

O INEM sublinha ainda que “o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é um sistema complementar e redundante. Pelo que, caso haja indisponibilidade de um determinado meio de emergência – como acontece pontualmente por vários motivos como avaria mecânica ou ocupação do meio em outra missão de emergência médica pré-hospitalar – o socorro é prestado pelo meio de emergência que se encontre mais próximo e disponível e garanta o mesmo nível de cuidados, nunca comprometendo a assistência a quem precisa”.

Por outro lado, realça que tem assegurado o dispositivo de apoio médico ao Rali de Portugal desde há muitos anos, “sendo a capacidade deste dispositivo e a competência dos seus operacionais uma das razões para que este importante evento, de interesse nacional, se mantenha como uma das provas do calendário internacional”.

Para a edição deste ano do Rali de Portugal, o dispositivo do INEM é constituído por 109 operacionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de emergência pré-hospitalar e técnicos de logística, “apoiados por 40 meios de emergência posicionados ao longo dos troços do Rali, designadamente um helicóptero, viaturas médicas de emergência e reanimação, ambulâncias de suporte imediato de vida, motociclos de emergência médica, motociclos de emergência 4×4 e um posto médico avançado, acrescenta.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, tinha referido que o INEM mobilizou mais de 100 operacionais para os três dias do rali, que termina no domingo, deixando ambulâncias paradas por falta de meios, sublinhando que, a nível nacional, “são mais de 200 horas de ambulâncias paradas”.

“É uma questão de opções”, sublinhou o responsável, explicando:”A ambulância mais próxima do especial do rali que se desenrola no Porto está fechada, por falta de operacionais, e o INEM tem no local um dispositivo só para o evento desportivo e só para o que possa acontecer no evento”.

“Para as pessoas daquela zona, que já têm o trânsito condicionado, como a única ambulância que está lá está parada, todas as emergências que houver naquela zona vão ter de ser socorridas por ambulâncias de mais longe, mais demoradas [a chegar]. É claro que o socorro vai estar atrasado”, acrescentou.

Rui Lázaro referiu que de cada vez que há um evento como este o INEM tem um dispositivo especial destacado, mas sublinha: “O que não pode acontecer é o INEM demonstrar capacidade para ter operacionais disponíveis para este evento subtraindo operacionais às ambulâncias normais de serviço, porque são os cidadãos que estão a ser prejudicados”.

Disse ainda que as denúncias que o sindicato recebeu indicam que o dispositivo foi montado com operacionais de todo o país e que, “tanto em Lisboa, como no Porto, ou em Viseu, estão hoje ambulâncias paradas por falta de operacionais”.

O Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar considera que esta situação “é mais uma evidência da incapacidade de gestão deste conselho diretivo” e sublinha que vai fazer uma exposição ao Governo e aos partidos com assento parlamentar.

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