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Crónica: Portugal bate Itália em tempo extra com mais virtuosismo que solidez

Dois golos no prolongamento, dos suplentes Jota e Francisco Conceição, valeram hoje a Portugal um triunfo por 5-3 sobre a Itália, com mais virtuosismo que solidez, e um lugar nas meias-finais do Europeu de futebol de sub-21.

Crónica: Portugal bate Itália em tempo extra com mais virtuosismo que solidez

Perante 1.032 espetadores no Estádio Stozice, os italianos pagaram caro a expulsão de Matteo Lovato (91 minutos), a abrir o tempo extra, ao qual chegaram com golos de Tommaso Pobega (45), Gianluca Scamacca (60) e Patrick Cutrone (89), a anular os de Dany Mota (seis e 31 minutos) e Gonçalo Ramos (58).

A seleção lusa está, assim, pela quarta vez nas meias-finais, depois de 1994 (2-0 à Espanha), 2004 (1-3 com a Itália) e 2015 (5-0 à Alemanha), para defrontar na quinta-feira a Espanha, que venceu a Croácia por 2-1, após prolongamento, no Estádio Ljudski vrt, em Maribor, na Eslovénia.

Os pupilos de Rui Jorge regressaram a Ljubljana com novidades em todos os setores, exatos dois meses após terem consumado a liderança destacada do Grupo D, com nove pontos, graças ao pleno de vitórias sobre Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0).

Tomás Tavares surgiu na ala esquerda e fez derivar Diogo Dalot para a direita, face à ausência de Thierry Correia, enquanto Gedson ocupou a vaga de Pedro Gonçalves e Gonçalo Ramos e Dany Mota substituíram Tiago Tomás e Francisco Trincão na frente.

Imune a essas trocas e ao hiato competitivo entre a primeira fase e a ronda decisiva, a equipa das ‘quinas’ sinalizou as suas intenções aos seis minutos, num remate de Vítor Ferreira travado por Marco Carnesecchi, e adiantou-se no marcador segundos depois.

Fábio Vieira bateu um canto na direita e Dany Mota aproveitou um ressalto ao primeiro poste para marcar com classe de ‘bicicleta’, dando conforto a Portugal para gerir as operações através da posse e acentuar as dificuldades da Itália em originar perigo.

Um remate de fora da área de Tommaso Pobega, aos 24 minutos, resumia a escassa coordenação ofensiva da formação de Paolo Nicolato, que viria a consentir novo revés emocional à passagem da meia hora, a partir de outro canto de Fábio Vieira na direita.

Com Davide Frattesi a chegar atrasado à marcação individual, Daniel Bragança surgiu desmarcado ao segundo poste e tocou de cabeça para Dany Mota, que se antecipou a Raoul Bellanova perto da pequena área e dobrou a vantagem com um forte disparo.

Os transalpinos reagiram em esforço com investidas para fora de Bellanova, aos 40 minutos, e Gianluca Scamacca, aos 43, mas lograram reabrir a discussão do resultado antes do intervalo, à boleia do terceiro golo no encontro nascido em pontapés de canto.

Nicolò Rovella levantou na direita e Frattesi desviou ao primeiro poste, com Pobega a ganhar posição a Diogo Dalot para bater Diogo Costa, num lance que ameaçou inquietar Portugal e servir de tónico para uma postura revigorada de Itália no segundo tempo.

O guarda-redes luso segurou as pontas da equipa de Rui Jorge aos 54 minutos, ao defender por instinto um cabeceamento em suspensão de Davide Frattesi, e respirou aos 58, quando Diogo Queirós ganhou a Matteo Lovato e serviu o 3-1 de Gonçalo Ramos, conseguido com um desvio subtil de pé direito.

A resposta ‘azzurrini’ demorou dois minutos a chegar, com Frattesi a cruzar rasteiro na direita e o desvio letal de Gianluca Scamacca a castigar mais uma desconcentração defensiva nacional, mantendo a emoção nos píncaros rumo à derradeira meia hora.

Rui Jorge tirou Gonçalo Ramos para colocar Florentino e viu uma tentativa de Diogo Queirós ser intercetada quase em cima da linha aos 68 minutos, numa altura em que Paolo Nicolato intensificava o ataque transalpino com Riccardo Sottil e Patrick Cutrone.

Portugal ainda espreitou o 4-2 aos 84 minutos, com Jota a estimular nova parada de Marco Carnesecchi, mas seriam as cartadas finais da Itália a fixar um dramático 3-3 da Itália aos 89: Sottil desequilibrou pelo flanco canhoto e Cutrone finalizou com subtileza.

A pentacampeã europeia surgia galvanizada no tempo extra e nem a expulsão de Matteo Lovato - a sexta transalpina na prova - inviabilizou calafrios para Diogo Costa, que segurou com aperto novo raide do irrequieto Cutrone na direita, aos 98 minutos.

Alternando de um meio-campo em losango para o tradicional 4-3-3, os pupilos de Rui Jorge despertaram no reatamento e voltaram à dianteira aos 109 minutos, com Jota a tabelar com Romário Baró e colocar o esférico fora do alcance de Marco Carnesecchi.

Se Cutrone quase voltou a igualar dois minutos mais tarde, Francisco Conceição dissipou as dúvidas aos 119, ao receber na direita e tirar Frattesi do caminho para o 5-3 final, culminando uma noite de contornos semelhantes à final do Europeu sub-19 de 2018.

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