O primeiro-ministro timorense pediu hoje no parlamento, no debate da proposta de renovação do estado de emergência no país, um novo período de medidas restritivas devido à progressão da variante delta da covid-19.
"Medidas de encerramento de fronteiras, de quarentena e isolamento de casos suspeitos, de cercas sanitárias para o isolamento de novos surtos e de condicionamento de atividades sociais, que sendo restritivas de direitos e liberdades, se justificam por serem adaptadas à realidade do país e modeladas à situação que enfrentamos no terreno, de acordo com as necessidades na linha da frente", afirmou Taur Matan Ruak.
O responsável lembrou que a conjuntura atual é de "renovado risco" devido à variante delta e "muito exigente" para Timor-Leste, que está "no bom caminho", dados os níveis de vacinação, "o instrumento mais eficaz para prevenir e combater os casos mais graves" da covid-19.
"Já temos mais de 48% da nossa população vacinada com a primeira dose e 21% com a segunda dose a nível nacional, e estou certo que até ao final do ano, com a vossa ajuda, poderemos atingir a tão ambicionada imunidade de grupo estimada em cerca de 80% da população", salientou.
O primeiro-ministro destacou que o país deve "continuar vigilante" e ao mesmo tempo "preparar a normalidade futura com um plano para a saída da pandemia, apostando na retoma da vida sociocultural e na recuperação das atividades económicas, essenciais para o emprego, para a produtividade" e para o desenvolvimento de Timor-Leste.
Desde o início da pandemia da covid-19, Timor-Leste registou 49 mortos e 14.403 casos, de acordo com dados oficiais.
As autoridades timorenses pretendem que o novo período de 30 dias de estado de emergência e o 16.º desde o início da pandemia vigore até 30 deste mês.
A covid-19 provocou pelo menos 4.430.846 mortes em todo o mundo, entre mais de 211,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.645 pessoas e foram contabilizados 1.020.546 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.