Crónica: Moreirense solidário sustém Estoril e quebra pior fase da época

Em Moreira de Cónegos, o brasileiro marcou aos 28 minutos e ‘selou’ a segunda vitória dos minhotos na prova, ao terceiro jogo sob alçada de Lito Vidigal, premiando a coesão defensiva e o cinismo no contra-ataque com uma aliviante saída da zona de descida.

O Moreirense ascendeu ao 15.º lugar, com 12 pontos, mas menos um jogo, enquanto o Estoril Praia segue em quinto, com 25, mas pode cair na classificação antes do final de 2021 e já igualou a pior sequência de resultados da época, com três jogos sem ganhar.

Depois de três derrotas desde a chegada aos ‘cónegos’, Lito Vidigal resgatou o trio de defesas centrais, que tinha sido ocasionalmente aposta do antecessor João Henriques, e mudou quatro unidades em relação à derrota em Mafra para a Taça de Portugal (1-3).

Igual desfecho sofreram os ‘canarinhos’ em Tondela (1-3), que promoveram o mesmo número de trocas no ‘onze’ e desde cedo assumiram ascendente sobre a bola, embora acusando desinspiração no último terço para reagir à pressão incómoda dos anfitriões.

As investidas de longe de Yan e David Bruno, travadas por Dani Figueira e Kewin Silva, aos sete e 13 minutos, respetivamente, sinalizavam o equilíbrio a nível de oportunidades, que o Moreirense desatou aos 28 minutos, com Yan a receber a bola perto da área para servir de calcanhar Rafael Martins, que regressou aos golos mais de dois meses depois.

O lance castigava a passividade defensiva do Estoril Praia e contribuiu para acentuar as suas dificuldades de progressão a caminho do intervalo, apenas disfarçadas aos 44 minutos, com Rui Fonte a cabecear de rompante à malha lateral, após canto de Arthur.

A etapa complementar desenrolou-se em contornos similares, com os pupilos de Lito Vidigal a surgiram soltos em busca de maior conforto no marcador, inviabilizado pela defesa vistosa de Dani Figueira à emenda nas alturas de Lazar Rosic, aos 54 minutos.

Os estorilistas cresceram à entrada para a última meia hora e também foram ameaçando de bola parada, aos 67 minutos, com Kewin Silva a sacudir um cabeceamento subtil de André Franco e, ato contínuo, um pontapé de primeira de longe de Francisco Geraldes.

Nem um golo invalidado por fora de jogo de Artur Jorge na jogada seguinte demoveu a equipa de Bruno Pinheiro, já com três avançados em campo, de alimentar dúvidas no resultado, sendo infeliz num ‘disparo’ de Ryotaro Meshino ao poste, aos 81 minutos.