Declarações de Nuno Campos, treinador do Tondela, após o jogo Tondela-Boavista (2-2), da 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa, disputado em Tondela.
"É, naturalmente, com uma enorme desilusão que vemos escaparmo-nos por entre os dedos, a quatro minutos do final, um resultado que nos era positivo e que nos permitiria ficar na I Liga.
É um momento de desilusão. Um momento de desilusão pelos nossos adeptos, porque estas gentes não mereciam, é um momento de desilusão pelos jogadores também, porque o que senti foi que, mesmo que estivessem algo mais nervosos, senti que deram tudo.
Senti que tivemos o pássaro na mão duas vezes, que eles [os jogadores] tentaram dar o seu máximo. Temos ali um balneário desiludido e, naturalmente, que não é um momento fácil para ninguém.
Fizemos uma primeira parte que considero boa e que seria mais do que suficiente para ir com outro resultado para o intervalo. Tivemos as melhores e mais oportunidades, durante o jogo, depois, um deslize ou outro que possa haver e o que sinto é que temos sido penalizados. Não sei se há uma explicação para isso e eu não quero agarrar-me a desculpas, eu tenho de assumir a minha parte de responsabilidade, dos oito jogos que fiz, naturalmente.
Custa-nos pela forma como nos batemos em campo e nós criámos mais situações do que o adversário e temos tido, não só neste jogo como noutros, alguma infelicidade também, porque o resultado não é o merecido, eventualmente, e neste jogo foi um bocadinho a mesma situação.
Hoje ainda não é o momento de pensar na Taça [de Portugal], porque é uma desilusão muito grande que todos nós sentimos e, se calhar, temos de carpir mágoas durante um dia ou dois até nos conseguirmos levantar e depois, então sim, pensarmos no jogo da Taça e vamos ter tempo para isso.
[Sobre a reação de João Pedro na ‘flash’ que disse “muita coisa mal feita e muita coisa que ninguém sabe"] Só posso falar a partir do momento em que sou treinador da equipa, em que sou líder, e a partir desse momento o que sempre senti foi que os jogadores sempre deram o seu máximo, sempre trabalharam no máximo dos seus limites e capacidades e eu sempre dei a cara por eles e vou continuar a dar, porque eles merecem-no”.