Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a derrota frente ao Boavista (1-2), em jogo da sétima jornada da I Liga, disputado hoje no Porto.
“Faltou fazer golos. Fomos dominadores durante todo o jogo. O Boavista teve poucas transições e aproveitou duas. Há que ser melhores nas oportunidades que criamos e na quantidade de bolas em que empurrámos a defesa contrária para a sua área. Pela positiva, não perdemos a calma em momento nenhum.
Não cometemos os mesmos erros do que [a derrota] com o [Desportivo de] Chaves. Nos últimos 10 minutos, já não se jogou muito bem e notou-se alguma urgência, o que até é natural, mas não foi possível. Não fizemos golos. O Boavista ganhou e é assim o futebol.
Acho que quem viu o jogo não viu deslumbramento [pela vitória diante do Tottenham na Liga dos Campeões], nem cansaço físico. Vi vários jogadores do Boavista a caírem com cãibras no fim do encontro. Basta olhar para a quantidade de oportunidades que tivemos, mesmo nas bolas em que estamos em frente à área contrária e podemos definir melhor.
Quando perdem, as equipas ‘grandes’ querem jogar logo. É muito difícil ter estas pausas numa equipa que vinha de um bom momento e que estava a ter consistência nas suas exibições, mas não nos resultados. Isso pesa na equipa. Agora, o desafio é manter a identidade, sabendo que a diferença pontual para os primeiros já começa a ser grande.
Temos de encarar os momentos da nossa vida desportiva com calma. Vamos trabalhar para sermos melhores no próximo jogo. Já não costumávamos olhar para a classificação quando estivemos na frente nos últimos dois anos. Não vale a pena estar a olhar para lá agora, mas focar-nos muito naquilo que podemos controlar e melhorar. As oportunidades que concedemos são poucas. Olho para as coisas dessa forma e não para o resultado.
Naqueles primeiros 30 minutos em que o Boavista estava a pressionar mais alto, fomos encontrando espaço entrelinhas e nos corredores e tínhamos de marcar um golo. Assim, podíamos ficar com a bola o tempo todo e chamar um pouco o opositor. Quando estamos sempre em desvantagem, torna-se difícil, pois são 11 jogadores atrás da linha da bola a meio do meio-campo. Só se estivermos muito inspirados. É nisso que podemos evoluir”.