Crónica: Vitória de Guimarães foi feliz em Paços e levou os três pontos

O extremo angolano do Vitória marcou o único golo do encontro aos nove minutos, numa das raras oportunidades conseguidas pelos minhotos, felizes no resultado, num jogo em que os pacenses, derrotados pela sétima vez no campeonato, fizeram por merecer melhor sorte.

Com este triunfo, o Vitória reforçou o nono lugar, agora com 14 pontos, enquanto o Paços de Ferreira permanece no 17.º e penúltimo lugar, em zona de descida, com apenas dois, correndo o risco de fechar a jornada no último lugar.

As lesões de Gaitán e de Ibrahim, titulares diante do Arouca (1-1), antecipavam dificuldades extra a um Paços ainda sem vitórias e muito pressionado pelo penúltimo lugar, mas os substitutos Toma, no meio campo, e Uilton, um extremo que também ajudava a fechar a lateral esquerda, deram boa conta de si e ajudaram a empurrar a equipa para uma das melhores primeiras partes da época.

O Vitória, que teve Lameiras no lugar de Jota como única alteração ao empate com o Benfica (0-0), na última jornada, fechava os espaços no seu meio campo e apostava tudo nas transições, sobretudo pela esquerda, quase sempre a procurar a velocidade de Nélson da Luz ou Anderson.

Foi com esta 'receita' simples que o Vitória chegaria à vantagem, aos nove minutos, por Nélson da Luz, nas costas do lateral Delgado e mais rápido que o central Ferigra, com um remate cruzado que ainda levou a bola ao poste antes de entrar na baliza de Vekic.

Ao contrário do que se esperava, a avaliar por jogos recentes, o Paços reagiu bem à desvantagem, 'cresceu' no jogo, criou três soberanas oportunidades e só por manifesta infelicidade não empatou o jogo, pelo menos.

Butzke, aos 17 e 23 minutos, ficou muito perto do empate, o que também esteve para acontecer nos descontos da primeira parte, num cruzamento de Matchoi ao qual faltou apenas uma emenda.

O Paços estava por cima do jogo e essa tendência acentuou-se a partir da expulsão de André Amaro, aos 41 minutos, por acumulação de cartões amarelos.

Moreno, ao intervalo, reformulou a defesa, com Tounkara no lugar de Lameiras, e em campo a equipa recuou linhas e formou um bloco compacto à frente da defesa, procurando fechar os caminhos da baliza de Varela, ainda assim um dos melhores do Vitória.

O guarda-redes do Vitória foi decisivo na tentativa de canto direto de Antunes, aos 48 minutos, e a segurar o remate de Kayky, aos 65. Antes disso, aos 49, só não foi batido porque Butzke e Thomas não conseguiram desviar o cruzamento de Uilton da esquerda.

O Paços tentava por fora e por dentro, experimentou o remate, mas nada saiu bem à equipa, que foi perdendo algum discernimento e frescura física com o aproximar do final da partida, face a um Vitória condicionado pela expulsão, mas solidário na defesa de um triunfo feliz e que pode custar o lugar ao técnico pacense, César Peixoto.