O treinador do Sporting afirmou hoje que o seu grande objetivo é focalizar os jogadores para o próximo jogo da Liga de futebol, recusando fazer qualquer comentário sobre Paulo Sérgio, seu sucessor no comando técnico da equipa.
“O jogo tem uma dificuldade acrescida por, nesta altura, poder existir uma eventual descompressão na equipa. Temos feito um trabalho de focalização nos objetivos, não é um trabalho fácil, mas temos sido bem sucedidos”, disse Carlos Carvalhal, em conferência de imprensa.
“O objetivo é focalizar os jogadores e toda a equipa no fundamental e o fundamental é tentar vencer o jogo”, acrescentou.
Carlos Carvalhal lembrou também a qualidade da equipa da União de Leiria e o facto de estar na luta pelas competições europeias.
“É um jogo com grau de dificuldade elevado, tendo em conta os objetivos do adversário, que luta e aspira a uma competição europeia. É uma boa equipa, difícil no seu terreno e que tem feito um campeonato sempre do meio da tabela para cima”, disse.
O técnico confessou que não recebeu qualquer contacto da parte de Paulo Sérgio e recusou abordar o futuro, não comentando a contratação do atual técnico do Vitória de Guimarães.
“Vou jogar o jogo e fazer o meu jogo, ser 100 por cento profissional para com o Sporting e isso é afastar-me do ruído que gravita à volta da equipa e focalizar-me no jogo seguinte. É esse caminho que vou fazer até ao último segundo em que aqui estiver”, disse.
“Com o emblema do Sporting vestido, não falo sobre o meu futuro”, acrescentou.
Carvalhal referiu que sente apoio dos sportinguistas, “não aqueles que aparecem nos jornais e televisões, mas sobretudo pelo comum dos adeptos”, confessando que esta situação, de estar no clube e do próximo treinador já ter sido anunciado, não é normal.
“É uma situação que me transcende a mim, não é normal no futebol isto acontecer, mas eu estou a vivê-la. Estou a vivê-la como vivi toda a época, com coragem e determinação”, disse.
Em relação à equipa, o técnico explicou que a ausência de Polga está relacionada com a esperança e ambição de Tonel e Carriço em marcarem presença no Mundial, deixando, no entanto, muitos elogios ao internacional brasileiro.
“O Polga é um jogador que jogou em sofrimento, sacrificou-se pela equipa. Gosta do Sporting e gostava do Paulo Bento. Jogar com problemas limitou-o e as prestações não foram boas. Quando chegamos a situação não era a melhor, com o tempo foi evoluindo, conquistou o seu espaço e voltou a ser o grande Polga”, disse.
“O Tonel foi chamado à seleção no último jogo, o Carriço aspira chegar à seleção e têm expetativa e esperança de serem chamados para o Mundial. O Polga poderia ser titular, mas colocou-se à disposição do treinador e compreende a situação destes dois jogadores”, acrescentou.