Crónica: ‘Bomba’ de Osama Rashid no final dita empate entre Vizela e Boavista

Depois de 70 minutos com escassas ocasiões junto às balizas, o encontro ‘aqueceu’ aos 71, com Yusupha, de cabeça, a adiantar os boavisteiros no marcador, antes de o médio iraquiano selar o resultado num remate potente e cruzado, ao ângulo superior direito da baliza ‘axadrezada’.

Embora interrompida a série de três vitórias consecutivas, o Vizela somou mais um ponto na luta pelo acesso ao primeiro terço da classificação e é oitavo, com 39 pontos, os mesmos do sétimo, Famalicão, e do nono, Casa Pia, enquanto o clube do Porto manteve a 12.ª posição, agora com 34 pontos.

Matías Lacava apareceu no ‘onze’ do Vizela como única novidade, em vez do lesionado Nuno Moreira, e protagonizou a primeira ameaça do encontro, num remate cruzado aos seis minutos, que Rafael Bracali agarrou.

Yusupha respondeu pelos boavisteiros ao minuto oito, mas o jogo, que até começou intenso, caiu numa toada ‘amarrada’, com a bola e os jogadores concentrados no ‘miolo’, sem engenho nem discernimento para criarem desequilíbrios na hora de avançarem no terreno.

Substituto do castigado Rodrigo Abascal no eixo defensivo ‘axadrezado’, Vincent Sasso obrigou o guarda-redes vizelense, Buntic, a esticar-se para lhe negar o golo, após cabeceamento em forma de ‘chapéu’, aos 32 minutos, mas os anfitriões tiveram uma ocasião ainda mais flagrante até ao intervalo, num outro cabeceamento, de Anderson, ao lado, já na pequena área, aos 38.

O duelo continuou equilibrado na etapa complementar, mas mais ‘partido’, com os dois conjuntos a alternarem os momentos em que se aproximavam de cada área para a potencial criação de ocasiões de golo.

O perigo só rondou verdadeiramente as balizas a partir do minuto 61, quando Osmajic aproveitou um erro de Reggie Cannon para se isolar, antes de o lateral norte americano recuperar a posição e ‘roubar’ a bola ao avançado montenegrino quando preparava o remate.

O lance pareceu ‘despertar’ a equipa de Petit, que, a partir daí, passou a trocar a bola com mais critério no meio-campo vizelense e a criar perigo, como no lance em que Kenji Gorré rematou para defesa de Buntic, em posição frontal à baliza.

O lance precedeu o golo do Boavista, num cabeceamento certeiro do avançado de 29 anos em resposta a cruzamento de Makouta, na direita, e os minhotos sentiram dificuldades para reagir, parecendo abalados pelo tento sofrido.

O ‘banco’ vizelense foi, porém, a resposta para a equipa de Tulipa restabelecer, pelo menos, o empate, num remate cruzado de Osama Rashid ao ângulo superior direito, a partir da ‘quina’ da área, que antecipou uma fase de compensação frenética, ainda marcada pelas expulsões de dois elementos, um de cada equipa técnica.