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Crónica: FC Porto cauteloso evita penáltis no fim e afasta Famalicão do Jamor

O FC Porto porfiou até aos derradeiros momentos do prolongamento para operar a reviravolta sobre o Famalicão (3-2) e qualificar-se para a final da Taça de Portugal, depois do êxito da primeira mão nas ‘meias’ (2-1).

Crónica: FC Porto cauteloso evita penáltis no fim e afasta Famalicão do Jamor

No Estádio do Dragão, no Porto, os minhotos transcenderam-se no tempo regulamentar com tentos do venezuelano Jhonder Cádiz (21 minutos) e do espanhol Iván Jaime (75), por entre uma grande penalidade convertida por Galeno (28), mas viram essa prestação afirmativa ruir com os golos tardios de Otávio (120+1) e do brasileiro Evanilson (120+4).

O FC Porto marcou encontro com o também primodivisionário Sporting de Braga, que já tinha afastado o Nacional, da II Liga - triunfo por 5-0 no Funchal e empate 2-2 em casa -, na partida decisiva da 83.ª edição da Taça de Portugal, que, em 04 de junho, no Estádio Nacional, em Oeiras, terá os mesmos finalistas de 1976/77, 1997/98 e 2015/16.

Se os ‘dragões’ estão pela 33.ª vez, e quarta nas últimas cinco épocas, na final da prova, que já arrebataram por 18 ocasiões, o Famalicão voltou a falhar uma inédita presença no Jamor, após já ter ‘tombado’ nas ‘meias’ perante Sporting (1945/46) e Benfica (2019/20).

Numa noite em que igualou José Maria Pedroto como treinador com mais jogos pelo FC Porto (322), Sérgio Conceição colocou de início Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Grujić, Galeno e Toni Martínez face à vitória diante do Boavista (1-0), da 30.ª jornada da I Liga.

Já Luiz Júnior, Riccieli, Otávio Ataíde e Santiago Colombatto foram os únicos jogadores a repetir a titularidade na equipa de João Pedro Sousa, que tinha feito oito ‘poupanças’ na derrota com o Sporting (1-2), para o campeonato, a pensar na segunda mão das ‘meias’ da Taça de Portugal.

O Famalicão entrou agressivo e foi construindo desde cedo algumas subidas perigosas à área de Cláudio Ramos, que seria desfeiteado logo no primeiro remate do encontro, aos 21 minutos, quando Cádiz desviou de cabeça um livre lateral cobrado por Ivo Rodrigues.

A igualdade na eliminatória perdurou apenas sete minutos, com Galeno a reerguer o FC Porto na conversão de uma grande penalidade, após o árbitro Manuel Mota ter recorrido ao videoárbitro (VAR) para punir uma falta cometida por Alex Dobre sobre Uribe na área.

Esse golo despertou os ‘dragões’ de uma meia hora letárgica, com Toni Martínez a atirar para defesa de Luiz Júnior, aos 31 minutos, sendo apanhado em fora de jogo aos 38, no início de uma jogada em que Galeno voltou a colocar a bola dentro da baliza adversária.

Os visitantes responderam aos 34 minutos, num pontapé de Cádiz afastado por Cláudio Ramos, com Dobre a atirar às malhas laterais em posição ilegal, mas foram refreando o seu ímpeto até ao intervalo, precedido de um remate alto de Alexandre Penetra, aos 44.

A partida continuou em baixa velocidade no reatamento e o FC Porto foi procurando gerir com bola a ousadia do Famalicão, que se aventurou aos 61 minutos, num ‘tiro’ de longe de Iván Jaime sustido por uma defesa de Cláudio Ramos em direção ao poste esquerdo.

Nem as entradas de André Franco e Taremi revigoraram os anfitriões, que pagaram pela sua desatenção num livre a meio-campo, aos 75 minutos, com Ivo Rodrigues a descobrir Iván Jaime, que fletiu da ala canhota para o centro e impôs novo empate na eliminatória.

Os campeões nacionais ‘reapareceram’ em pontapés desenquadrados de Uribe, aos 78 minutos, e de André Franco, aos 81, mas foram os minhotos a espreitar a reviravolta aos 86, não fosse Penetra esbarrar em Cláudio Ramos, após um livre lateral de Colombatto.

O Famalicão foi revelando maior ascendente anímico com a chegada do tempo extra, no qual se limitou a uma nova incursão do irrequieto Iván Jaime, aos 95 minutos, passando, depois, a maioria do tempo a proteger-se de um inconsequente ascendente do FC Porto.

Os ‘dragões’ só se soltaram aos 119 minutos, numa saída defeituosa dos postes de Luiz Júnior desperdiçada de cabeça por Taremi, mas, quando estava iminente o desempate por penáltis, Otávio afastou essa ideia com uma ‘bomba’ à entrada da área, aos 120+1.

Essa jogada nasceu de um lançamento lateral de Uribe cortado por Enea Mihaj, situação repetida aos 120+4, com Taremi a lançar o suplente Evanilson para mais festejos do FC Porto, nos quais Sérgio Conceição, que já tinha visto um cartão amarelo, seria expulso.

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