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Sporting-Benfica: António Simões pede ‘águias’ sem descuidos no dérbi

O líder Benfica tem de entrar sem descuidos na visita ao Sporting, domingo, na 33.ª e penúltima jornada da I Liga, para alcançar a vitória que assegura automaticamente o seu 38.º título, aconselha o ex-futebolista António Simões.

Sporting-Benfica: António Simões pede ‘águias’ sem descuidos no dérbi

“Tem de fazer o seu trabalho de casa, mesmo jogando fora, que é tentar vencer, ir para a última ronda completamente tranquilo e celebrar a conquista do título. O Benfica teve um período descendente, mas creio que agora já está numa fase ascendente. Isso traduz o desejo dos adeptos e do clube de ganhar, mas também uma convicção de que a equipa voltou a ter qualidade no seu coletivo e pode perfeitamente sair vencedora de Alvalade”, analisou à agência Lusa o ex-avançado, que representou os ‘encarnados’ entre 1961 e 1975.

O Sporting, quarto colocado, com 70 pontos, recebe o líder Benfica, com 83, mais quatro face ao ‘vice’ e atual campeão nacional FC Porto, no domingo, às 20:30, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, numa partida arbitrada por João Pinheiro, da associação de Braga.

O vencedor da 89.ª edição da prova fica sentenciado em caso de triunfo do clube da Luz, que até pode empatar - e chegar a um título que lhe foge desde 2018/19 – se, no sábado, o FC Porto deixar dois pontos em Famalicão, onde o campeonato ‘fechará’ em caso de desaire dos ‘dragões’.

“Acho que essa questão de o FC Porto jogar antes não deve ter interferência. Quanto ao dérbi, quem tem mais a ganhar é o Benfica. O Sporting vai jogar pelo seu brio, passado e grandeza, e tem a responsabilidade de ser profissional. Espero que existam duas equipas empenhadas em fazer o seu melhor e com os melhores jogadores a sobressair”, apelou.

Titular na única vez em que o Benfica se sagrou campeão na casa do Sporting, em 04 de maio de 1975, ao empatar também na penúltima ronda (1-1), António Simões deseja ver as ‘águias’ a respeitarem os ‘leões’, que “já mostraram qualidade em alguns encontros” e estiveram por duas vezes em vantagem no dérbi da primeira volta (2-2, da 16.ª jornada).

“Pede-se às duas partes, quer ao nível dos dirigentes, dos jogadores ou dos treinadores, quer, principalmente, ao nível do público, que respeitem o passado. Há uma história. Por isso, respeitem-na. Obviamente, é melhor ganhar do que perder, mas é necessário saber ganhar e não criar condições ridículas para os adeptos adversários, tal como quem perde não deve criar hostilidades perante uma equipa que se sagra campeã nacional”, insistiu.

O conjunto treinado pelo alemão Roger Schmidt chega a Alvalade moralizado por quatro vitórias seguidas, que quebraram uma série de três derrotas e um empate, responsáveis pela saída nos ‘quartos’ da Liga dos Campeões (3-5 nas duas mãos com o finalista Inter Milão) e pela repentina aproximação de FC Porto e Sporting de Braga no topo da I Liga.

O avanço era de 10 pontos antes da receção aos ‘dragões’ - e chegou, à condição, a ser de 13, durante o clássico perdido com reviravolta na Luz (1-2, na 27.ª ronda) -, mas caiu para os atuais quatro, face ao deslize sofrido logo na semana seguinte em Chaves (0-1).

“Obviamente, fiquei preocupado quando a equipa desceu de produção. Poderia ficar com 13 pontos [de vantagem ante o FC Porto], mas, ao fim de pouco tempo, já só estava com quatro. O Benfica foi capaz de reagir e já conseguiu sair daquele buraco onde se meteu, pois voltou, não direi ao seu patamar de exuberância, mas a um nível médio/alto”, notou António Simões, que venceu 10 campeonatos e cinco Taças de Portugal ao longo da sua passagem pelas ‘águias’, além da então denominada Taça dos Campeões, em 1961/62.

Nessa retoma está a impor-se o jovem médio João Neves, que, após ter feito 14 partidas como suplente utilizado, foi titular nas últimas quatro jornadas da I Liga, incluindo o êxito ante o Sporting de Braga (1-0, na 31.ª), que havia entrado na Luz a seis pontos do topo.

“Neste momento, tem companheiros de equipa que lhe dão garantias para não ter receio de jogar, ter a bola e tomar decisões. É o que este miúdo está a fazer, mas é importante que não façam já dele uma estrela. Tem jeito, sabe jogar e mostra talento aos 18 anos. Agora, há um caminho a percorrer, que se faz por etapas, e ele está na primeira etapa”, alertou o ex-internacional português, sobre um dos vencedores da UEFA Youth League (2021/22) e da Taça Intercontinental de sub-20 (2022) pela equipa de juniores do clube.

A semana anterior ao dérbi trouxe a oficialização da saída de Grimaldo para os alemães do Bayer Leverkusen no final desta época, mas António Simões, de 79 anos, admite que “nada disto é surpreendente” devido à recente estagnação do processo de renovação do Benfica com o lateral esquerdo espanhol, que deverá continuar a ser intocável no ‘onze’.

“Tenho pena. Tendo em conta o valor do atleta e o lugar que ocupa, que normalmente é aquele que mais se procura [no mercado] e não há em abundância, pensei que teria sido possível segurá-lo com uma decisão antecipada. Temos de estar reconhecidos por aquilo que Grimaldo fez e compreender que esta escolha, para dar seguimento à sua carreira, é um direito que o assiste. Espero que ele não saia do clube a ser assobiado. Acho que se deve aplaudir todos os sete anos e meio em que esteve ao serviço do Benfica”, concluiu.

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