O recém-promovido Desportivo de Chaves surpreendeu ao garantir a manutenção na I Liga e ao ‘roubar’ pontos a Sporting, Sporting de Braga e Benfica, demonstrando que, ‘para lá do Marão’, a resiliência é palavra de ordem.
Depois de três épocas arredados, os transmontanos asseguraram a subida após eliminarem o Moreirense, no play-off de acesso ao principal escalão do futebol português.
Ainda que não tenha entrado com o ‘pé direito’, a ‘turma’ às ordens de Vítor Campelos cedo demonstrou que queria cumprir o objetivo delineado para a temporada: a manutenção.
Apesar do calendário complicado, que previa deslocações aos terrenos de Sporting, FC Porto e Sporting de Braga nas 10 primeiras jornadas, o conjunto fez história logo no quarto embate ao vencer, pela primeira vez, os ‘leões’ em Alvalade.
Mas, o ‘timoneiro’ pedia mais, quer à SAD transmontana, que não soube satisfazer “as necessidades” do plantel”, quer aos jogadores, sempre sob o lema “juntos somos mais fortes”.
Já na reta final da primeira volta, os pontos, tal como os reforços, escasseavam e o número de lesionados aumentava de semana para semana.
Com um ciclo de cinco jornadas consecutivas sem vencer e já com a Taça da Liga e a Taça de Portugal pelo caminho, Vítor Campelos mantinha o otimismo e ia gerindo o curto plantel disponível.
Prestes a receber o Sporting e já com a visita ao Dragão no horizonte, os transmontanos têm uma nova baixa inesperada: o guarda-redes Paulo Vítor, um dos protagonistas da época, é internado e acaba por ficar afastado dos relvados durante um mês.
Apesar de ‘desfalcados’ e com “carências” não supridas no mercado de inverno, os flavienses garantiram a manutenção no encontro da 25.ª jornada, ao vencer o Estoril Praia e, três rondas depois, impuseram a segunda derrota consecutiva ao líder Benfica em Trás-os-Montes.
Seguiu-se a melhor série de resultados da época, na qual os transmontanos superaram dois duelos do meio da tabela e somaram quatro vitórias e dois empates em seis jogos, alcançando o sétimo posto da tabela.
Impedido de participar nas competições europeias, o Desportivo de Chaves procurou ultrapassar o recorde pontual do clube na I Liga, terminando a época com 46 pontos, menos um do que em 2017/18.
De entre as ‘figuras de proa’, destacam-se o central Steven Vitória, que apontou sete golos (cinco de penálti), os mesmos do espanhol Héctor Hernández, e o capitão João Teixeira, jogador que cumpriu mais minutos (2.684), além de ter carimbado cinco golos e cinco assistências.