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Mancini crítica presidente da federação italiana: "Acabou por sobrar para mim..."

O mundo do futebol foi surpreendido com a demissão de Roberto Mancini do cargo de selecionador da Itália. O treinador, que conquistou o Europeu em 2021, expôs os motivos da sua decisão num comunicado veiculado pela imprensa italiana.

Mancini crítica presidente da federação italiana: "Acabou por sobrar para mim..."
Roberto Mancini

Segundo Mancini, o seu afastamento está ligado a um choque de ideias com Gabriele Gravina, presidente da federação italiana, que tornou insustentável a continuação da sua liderança.

Numa declaração que esclareceu as circunstâncias da sua saída, Mancini fez questão de destacar que não fugiu às suas responsabilidades nem pretendeu criar drama desnecessário. O treinador expressou o desejo de ser tratado com respeito e rejeitou as narrativas negativas que surgiram após a sua demissão.

"Não fugi para lado nenhum, não matei ninguém. Não mereço tudo o que têm dito sobre mim. Mereço respeito. Disse-lhe (a Gravina) que precisava de tranquilidade. Ele não me quis dar, então demiti-me", começou por dizer o experiente técnico.

Alguém viu, alguma vez, um presidente de uma federação a mudar a equipa técnica do seu selecionador? Ele já o queria fazer há um ano. Disse-lhe que não podia e ele aproveitou o facto de algum deles estarem a terminar contrato. Já pensava coisas opostas às minhas há algum tempo, então acabou por sobrar para mim", acrescentou Mancini.

Mancini também enfatizou que a decisão não tinha qualquer relação com uma suposta oferta para treinar a seleção da Arábia Saudita, afirmando que as situações eram independentes e que, naquele momento, o seu foco estava noutros aspetos.

"E a Arábia Saudita não tem nada a ver com isto, absolutamente nada", garantiu.

Mancini também compartilhou um ponto crucial sobre a cláusula contratual que condicionava a sua permanência à qualificação para o próximo Campeonato Europeu. O treinador revelou que solicitou a remoção desta cláusula e que, caso a federação não o fizesse, ele consideraria a demissão.

"Não eliminaram a cláusula que terminava o meu contrato caso não garantíssemos a qualificação para o próximo Europeu. No dia 7 de agosto, fiz chegar a Gravina uma mensagem da minha representante, a minha mulher, a pedir para eliminarem essa cláusula. Se não o fizessem, disse que pedia a demissão".

A saída de Mancini marca o fim de um capítulo notável na história da seleção italiana. Sob a sua orientação, a Itália recuperou o seu prestígio ao conquistar o título do Campeonato Europeu em 2021, mostrando um estilo de jogo envolvente e uma determinação notável.

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