"O Sporting é uma mentira que nós pagamos. O Sporting já não deveria existir"

"O centralismo permite ao Sporting ter este doping financeiro, permite ao Sporting, em primeira medida, ainda não ter fechado. O Sporting ainda não faliu graças a ser um clube de Lisboa", afirmou Diogo Faria.

O diretor portista salientou ainda que se o Sporting fosse um clube de uma outra região do país, nesta altura, estaria com as portas fechadas.

"Se fosse o Sporting da Covilhã, ou o Sporting de Braga, ou do Porto seria impossível. Seria impossível ter as relações com a banca altamente centralizadas de Lisboa, ter os favores dessa banca que lhe permitissem sobreviver", admitiu Diogo Faria.

"O Sporting é estruturalmente uma mentira que nós pagamos"

Além disso, este membro da estrutura portista sustentou ainda que, estas situações que admite, "mais do que sobreviver, permitissem aumentar a competitividade desportiva ao ponto que tem aumentado" no clube liderado por Frederico Varandas.

"O Sporting é estruturalmente uma mentira que nós pagamos, os portistas e de outros clubes, os cidadãos em geral, os de Lisboa e os que não são de Lisboa pagam estas estratégias vigaristas de sobrevivência que alimentam esta farsa que é o Sporting, um clube que já não deveria existir".

Para Diogo Faria, o Sporting já deveria ter fechado portas "porque não tem condições para existir". "Mas que graças a uma banca altamente dependente do Estado e, por isso, das nossas contribuições continua a existir", lamentou Diogo Faria.

No final da sua intervenção, o responsável pela área de conteúdos do FC Porto fechou ainda com uma frase que demonstra aquilo que pensa a propósito do caso das VMOC's do Sporting. "Nós pagamos", terminou.

Recentemente, recorde-se, o Sporting conseguiu aumentar o poder que tem na sua SAD através da recompra dos chamados Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que eram detidos pelo Novo Banco.

O clube liderado por Frederico Varandas executou esta operação financeira por cerca de 15,4 milhões de euros, aumentando a sua participação no capital social da SAD para 88 por cento.