O FC Porto viu, esta quarta feira, o seu já conturbado ambiente atingir um novo patamar com a detenção de Fernando Madureira, líder da claque "Super Dragões", numa operação levada a cabo pela PSP denominada 'Operação Pretoriano'.
"Eu não quero criar teorias da conspiração, mas tudo isto é muito estranho, muito estranho"
A ação das autoridades não se limitou a Madureira, estendendo-se à sua esposa, Vítor Catão, e Fernando Saúl, funcionário do FC Porto e conhecido speaker do Estádio do Dragão.
Este acontecimento surge num momento crucial para o futuro do FC Porto, à medida que se aproxima do escrutínio das eleições, e levantam uma série de questões sobre a influência destes eventos no processo eleitoral e no ambiente do clube azul e branco.
A detenção de figuras proeminentes dos Super Dragões é um revés significativo para o FC Porto, que já enfrenta uma temporada desafiadora tanto dentro como fora de campo.
O impacto desta operação policial é particularmente amplificado pela sua temporalidade, ocorrendo a escassos meses das eleições no clube.
Estes eventos recentes, que têm feito correr muita tinta na imprensa nacional e agitado as águas da Invicta, lançam uma nuvem de incerteza sobre o futuro imediato do FC Porto, suscitando preocupações sobre como esta situação poderá afetar não só a estabilidade interna do clube mas também o seu desempenho nas eleições.
Nuno Lobo, candidato às eleições do FC Porto, a par de André Villas-Boas, ex-técnico portista, expressou a sua perplexidade perante os acontecimentos, caracterizando-os como "muito estranhos".
A sugestão de que "há alguém que está sempre a sair pelos pingos da chuva" acrescenta uma camada de mistério e intriga ao enigma que se desenrola atualmente no FC Porto, sob a liderança máxima de Jorge Nuno Pinto da Costa.
"Eu não quero criar teorias da conspiração, mas tudo isto é muito estranho, muito estranho. Uma pessoa que é detida passado dois ou três meses?", começou por questionar Lobo, em declarações `'TSF', citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
O conhecido sócio dos dragões questiona a ausência de notificações prévias e compara esta situação com casos semelhantes noutros clubes, adotando uma postura de ceticismo face à aparente coincidência temporal destas detenções com o período eleitoral.
"Não há uma notificação a dizer que tem de se apresentar? Estou a lembrar-me de Alcochete, estou-me a lembrar de cadeiras no ar numa Assembleia Geral do Benfica e o presidente a apertar o pescoço a alguém. Tudo isto é muito estranho em período eleitoral do FC Porto", disse o adepto azul e branco.
"Há alguém aqui que está sempre a sair pelos pingos da chuva. Isto é que não entendo"
"A imagem do FC Porto ficou bem patente na segunda Assembleia Geral que tivemos. A imagem do foco do FC Porto, dos seus adeptos e das suas claques está bem patente em todos os estádios onde estes se deslocam e onde não há um único distúrbio", acrescentou Nuno Lobo, antes de referir que aguarda uma resposta por parte dos responsáveis dos portistas.
"São associados e são pessoas conhecidas na família azul e branca", rematou o candidato às eleições presidenciais do FC Porto.