"Ronaldo é prejudicial à seleção e vai estragar o campeonato da Europa"

"Já não tinha gostado da má forma de liderança como capitão que mostrou no Mundial", observou Sinel de Cordes.

Os dois ícones do desporto rei, embora evitem declarar uma rivalidade direta, competem em todos os aspetos do jogo, mantendo os adeptos do futebol em todo o mundo na expectativa de quem sairá por cima no final de cada temporada.

A rivalidade entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não se limita aos relvados, mas transcende para diferentes ligas e até para as competições internacionais.

Em 2018, a dinâmica dessa competição alterou-se quando Cristiano Ronaldo deixou o futebol espanhol, mudando-se para a Juventus, enquanto Messi permaneceu no Barcelona até 2021, quando se transferiu para o Paris Saint-Germain (PSG) e agora representa o Inter Miami nos Estados Unidos.

"Com ele é tudo muito individualista e essa parte sempre me afastou"

Olhando para as conquistas recentes, Messi teve um período glorioso, contribuindo para a vitória do PSG na Ligue 1 francesa e liderando a Argentina para o título Mundial em 2022.

Por outro lado, Ronaldo teve o seu sucesso ao ajudar Portugal a vencer o Campeonato Europeu de 2016 e a Liga das Nações de 2019.

Estas conquistas, tanto a nível de clubes como de seleções, têm alimentado debates apaixonados entre os fãs sobre quem é o melhor jogador da atualidade.

No entanto, a rivalidade saudável entre Messi e Cristiano Ronaldo transcende o campo de jogo e atinge até mesmo os corações dos adeptos e especialistas do futebol.

Rui Sinel de Cordes, conhecido humorista e seguidor atento das carreiras dos dois jogadores, expressou publicamente a sua admiração por Messi ao longo dos anos, descrevendo-o como uma inspiração artística e desportiva.

Sinel de Cordes também destacou a sua ligação emocional ao Barcelona, clube que apoia desde a infância, antes mesmo da era Messi.

"Sou adepto do Barcelona ainda antes do aparecimento de Messi. Vem de miúdo. Daquelas coreografias de estádio inteiro, de Romário e Stoichkov, mais tarde de Ronaldo Fenómeno ou Ronaldinho Gaúcho", começou por dizer o humorista.

"Às vezes tenho dificuldade em explicar o amor que tenho a esse homem e este amor que tenho a um clube que não é do meu país", acrescentou.

Contudo, a chegada de Messi ao PSG deixou Sinel de Cordes desorientado, mostrando como a presença do argentino transcende o campo desportivo e impacta emocionalmente os seus seguidores.

"Tive um dia ou dois em que não percebia o que estava a acontecer. Em que esperava que viesse alguém com poder suficiente e desfizesse aquilo tudo", revelou.

"Por isso é que o Mundial do Qatar teve ainda mais importância para mim. Porque aquela ida para o PSG não podia ser o fim de Messi", observou.

No entanto, em declarações no Podcast 'Ontem já era tarde', Sinel de Cordes também reconhece o legado de Cristiano Ronaldo, elogiando a sua determinação e constante desafio a Messi, apesar das desvantagens em algumas competições individuais.

"Apesar de ter perdido de todas as formas com o Messi, continua, sempre, e valorizo o seu esforço. Imagina, és tão bom, mas há um gajo que consegue ganhar os títulos que querias e mesmo assim não desistes", reconheceu.

Apesar do respeito pelo talento do capitão da seleção das quinas, o humorista destaca as preocupações com o estilo de liderança individualista que, na sua opinião, pode ter impacto negativo, especialmente em contextos de seleção nacional.

"Mas continuo a achar que Ronaldo é prejudicial à seleção e vai estragar o campeonato da Europa", não hesitou em afirmar Sinel de Cordes.

"Já não tinha gostado da má forma de liderança como capitão que mostrou no Mundial. Com ele é tudo muito individualista e essa parte sempre me afastou", rematou o humorista.