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Patrice Evra considera pesadelo a passagem da seleção de França pelo Mundial

O capitão da seleção francesa de futebol, Patrice Evra, considerou “um autêntico pesadelo” a passagem da equipa pelo Mundial da África do Sul e lamentou a falta de diálogo com o treinador Raymond Domenech.

O defesa do Manchester United quebrou um longo silêncio e, em entrevista hoje publicada pelo jornal francês Le Fígaro, criticou também a ausência de um projeto e de uma estrutura coletiva na seleção francesa.

O jogador atacou ainda os métodos do ex-selecionador, substituído por Laurent Blanc após o Mundial2010, afirmando que os jogadores reprovaram a “falta de trabalho tático” nos treinos, assim como “o desajustamento” entre o que fazem nos clubes e o trabalho ao serviço da seleção.

Evra adiantou que entre os jogadores ninguém entendeu a marginalização do avançado Thierry Henry, nem a mudança de sistema de jogo na partida inaugural frente ao Uruguai, nem as razões que o levaram a sentar Florent Malouda no banco dos suplentes.

“Não culpo o treinador de ser responsável pelo fracasso. Só explico o que se passou. Os jogadores, eu em primeiro lugar, todos deveríamos ter dado mais. Os primeiros responsáveis estão dentro do campo”, considerou.

Pediu desculpas a todos os adeptos da seleção pela imagem transmitida para o Mundo, embora tenha acentuado que se limitou a ser “honesto em todos os momentos”.

“Deveríamos ter encontrado outra forma de expressar o nosso desagrado pelo afastamento de Nicolas Anelka [dispensado da seleção depois de o jornal L’Equipe ter divulgado as palavras alegadamente insultuosas que dirigiu a Domenech no intervalo do jogo com o México]. Essa situação não constituiu o pior problema entre o grupo, mas foi a gota de água”, esclareceu.

Adiantou ainda que o próprio jogador do Chelsea chegou a pensar abandonar a seleção, ainda antes do Mundial, por Domenech não o colocar a jogar na posição que mais gosta durante os jogos de preparação.

Evra mostrou-se igualmente surpreendido por ter sido citado para prestar declarações perante o comité de disciplina da Federação Francesa de Futebol (FFF).

“Estou surpreendido porque tinha a ideia de que todos queríamos virar a página do Mundial e concentrarmo-nos no futuro”, disse.

Evra, Nicolas Anelka, Franck Ribéry, Jérémy Toulalan e Éric Abidal foram chamados a depor perante aquele organismo da FFF, alegadamente sob a suspeita de serem os líderes do movimento que levou os jogadores a fazerem uma greve a um dos treinos da seleção na África do Sul.

Para Evra, a decisão do novo selecionador de deixar fora da convocatória, para o particular da próxima quarta feira frente à Noruega, todos os 23 jogadores que estiveram no Mundial “é coerente”, pois demonstra que não houve “apenas cinco ou seis cabecilhas, como se tem escrito”.

Criticou ainda o antigo internacional francês Lilian Thuram, que sugeriu que Evra nunca mais deveria vestir a camisola da seleção de França pelo seu papel como capitão e na revolta dos jogadores contra Domenech.

“Lilian considera-se o novo selecionador, o presidente da FFF e o presidente da República”, concluiu.

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