O treinador André Villas-Boas afirmou hoje reagir com “frieza” ao interesse de grandes clubes europeus em jogadores do FC Porto, por não pretender abdicar de nenhum.
“O que vou transmitir ao presidente é que não abdico dos meus jogadores por meia dúzia de tostões. Quero-os cá. É verdade que os jogadores têm ambições individuais, mas não podem sobrepô-las ao objetivo coletivo”, disse.
Com a reabertura do mercado em janeiro, o bom desempenho do FC Porto nas várias competições, nomeadamente na Liga e Liga Europa, e o facto de ser uma das defesas menos batidas coloca alguns jogadores na agenda dos “grandes”.
“O FC Porto é um clube que não dorme e os jogadores têm passes valiosos e cláusulas de rescisão altíssimas”, assegura Villas-Boas, considerando que só sairá algum jogador se algum clube cobrir esses montantes.
Para André Villas-Boas, que não se mostrou preocupado com essa possibilidade, se algum clube estiver disposto a pagar a cláusula de rescisão, “o FC Porto tem de aceitar, ou, se quiser, chegar a um acordo”.
“Não me parece que isso vá acontecer, apesar das oportunidades terem sido poucas para alguns, ver partir alguém, numa época em que podemos dar um grito de revolta, seria penalizador”, acrescentou Villas-Boas.
O treinador dos “dragões” abordou ainda a chamada de Otamendi ao trabalho da seleção da Argentina, naquele que é o seu regresso após o Mundial da África do Sul, considerando ser um “estímulo muito importante”.
Villas-Boas lamentou apenas, sem colocar em causa os métodos do selecionador argentino, a inconstância nas suas escolhas, que provoca estados diferentes de euforia e desmotivação nos jogadores, que ele, depois, terá que gerir.