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Fernando Gomes repudia incidentes no Sporting-Benfica e defende reflexão

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) repudiou hoje os incidentes registados antes e durante a receção do Sporting ao Benfica, na segunda-feira, e considerou ser necessário uma reflexão profunda para erradicar os fenómenos.

Fernando Gomes referiu que os confrontos entre adeptos e elementos da polícia “são situações negativas que nada trazem ao futebol”, pelo que defendeu que, “numa perspetiva global, cada uma das entidades e agentes” envolvidos na segurança nos estádios “terá de fazer um esforço de reflexão”.

“Todos nós repudiamos o que aconteceu e teremos de encontrar razões para o que aconteceu, na perspetiva de podermos eliminar situações futuras, que são negativas e não contribuem para o clima de tranquilidade e paz”, declarou, no decorrer do seminário “Futebol – Um Espectáculo Seguro”, promovido pela Liga numa unidade hoteleira em Porto Salvo, Oeiras.

Considerando que a violência nos campos de futebol pode “ter efeitos negativos no acesso de pessoas ao estádio”, o presidente da LPFP referiu que, na parte da manhã do seminário, se produziu “um conjunto de ideias” tendentes a melhorar a lei n.º 39/2009, de 30 de julho, que estabelece o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos.

“Parece ser uma boa lei, mas, depois, no ponto de vista prático, não tem essas consequências práticas”, frisou, acrescentando que “uma das ideias basilares que ressalta foi, efetivamente, uma maior preocupação e intervenção ao nível das melhorias, para que um conjunto de adeptos que tenham comportamentos desviantes não tenha possibilidade de prejudicar o ambiente do espetáculo”.

O regime jurídico consagra o impedimento de acesso a estádios a quem provoque desacatos continuadamente, tendo o comissário João Pestana, chefe do núcleo de informações do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, dito que os adeptos que alegadamente causaram os distúrbios estão identificados e que não é da responsabilidade da força de segurança impedir que acedam aos espetáculos desportivos.

“Com toda a certeza, posso dizer que alguns dos adeptos que estiveram envolvidos nesses incidentes [no estádio José Alvalade] tinham um histórico bastante relevante de comportamentos inadequados, inclusivamente de questões criminais associadas ao desporto”, afirmou, pretendendo sublinhar que tal não se deve à falta de atuação da Polícia.

João Pestana notou que esses indivíduos “estarão provavelmente na próxima quarta-feira no estádio da Luz”, no jogo da Bwin Cup entre o Sporting e o Benfica.

Confrontado com as afirmações, Fernando Gomes observou que “existe uma lei que está em vigor” e revelou incredulidade por não “se cumprir a lei”.

“Não temos meios que impeçam um adepto de ver o espetáculo e que ele possa eventualmente contribuir de novo para uma situação negativa. O que acontece um pouco pela Europa em termos de identificação desses adeptos é impedi-los de uma outra forma, como não permitir que estejam nessa hora no estádio”, explicou.

O presidente da Liga referiu ainda que é preciso “analisar as causas profundas” no que concerne à possibilidade consagrada no Regulamento Disciplinar da Liga de interdição do estádio José Alvalade, devido aos desacatos na bancada Sul, no jogo Sporting-Benfica, da 20.ª jornada da Liga Zon Sagrese que terminou com 2-0 favorável aos “encarnados”.

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