O presidente da Associação da Juventude para os Direitos Humanos do Bahrein, Mohamed al Maskati, revelou hoje que pelo menos seis futebolistas foram detidos, por terem participado em manifestações contra o regime daquele país.
Em declarações à EFE, Al Maskati disse que os futebolistas foram detidos na sequência de uma reportagem da televisão estatal, que mostrava vários desportistas a participarem nas manifestações.
“A reportagem falava mal deles e dizia que deviam ser suspensos”, disse Al Maskati, que acrescentou que no dia seguinte outros ''três futebolistas foram presos e mais 20 foram suspensos”.
O responsável da Associação da Juventude para os Direitos Humanos do Bahrein lamentou ainda que os detidos não tenham podido falar com os seus advogados ou com a sua família, revelando que já pediu a reação da FIFA.
''O desporto não deve ser independente da política. Todos têm direito a poder manifestar-se e expressar as suas ideias políticas”, referiu.
O Bahrein, uma monarquia do Golfo governada por uma dinastia sunita, viveu desde meados de fevereiro e até meados de março uma agitação sem precedentes para exigir reformas políticas, um protesto animado sobretudo pela maioria xiita da população.
As forças da ordem puseram fim aos protestos após o envio para o Bahrein de unidades de uma força comum do Conselho de Cooperação do Golfo, que integra Bahrein, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Omã e Kuwait.