O presidente da comissão administrativa eleita para gerir o Portimonense até à eleição dos órgãos sociais manifestou-se hoje confiante que no próximo ato eleitoral surjam candidatos para uma direção “estável” que mantenha a credibilidade do clube.
Para Luís Batalau, um dos vice-presidentes na anterior direção de Fernando Rocha, a situação atual “é transitória” e permitirá “manter e criar condições para que nas próximas eleições se encontre uma direção credível que dê continuidade do trabalho do anterior executivo”.
A comissão administrativa, presidida pelo médico e presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), foi aprovada, por unanimidade, em assembleia-geral, realizada na segunda-feira.
Luís Batalau assegura que a sua presidência “será curta” e não será candidato, até porque, “a disponibilidade é muito pouca, devido à atividade profissional”.
“Decidi avançar, mantendo a colaboração que tenho com o clube há mais de 20 anos, principalmente nas camadas de formação”, observou.
O presidente da comissão administrativa acredita que a situação “não será fator de instabilidade nem afetará o clube”.
Aquele responsável acrescentou que a recém-empossada comissão administrativa vai reunir-se nas próximas horas para “decidir e organizar pelouros”.
Além de Luís Batalau, a comissão integra diversos elementos da anterior direção que asseguram a gestão do clube, para “evitar” uma crise diretiva.
O recurso a uma comissão administrativa surgiu por proposta do presidente da Assembleia-Geral, após a anulação de três atos eleitorais – novembro de 2010, janeiro e abril deste ano – por ausência de listas para os órgãos sociais.
Fernando Rocha, o anterior presidente do clube algarvio da Liga de futebol recusou candidatar-se a novo mandato, alegando “indisponibilidade pessoal”, considerado que se “fechou um ciclo ao fim de cinco anos na presidência”.
O Portimonense segue no 16.º e último lugar da Liga Zon Sagres, com 19 pontos.