O Benfica qualificou-se hoje para as meias finais da Liga Europa em futebol, ao empatar 2-2 no reduto do PSV Eindhoven, em encontro da segunda ''mão'' dos quartos de final.
Nesta segunda mão dos “quartos”, um golo de Luisão no terceiro minuto de compensação antes do intervalo (45+3) reanimou uma equipa do Benfica em choque por ter perdido em menos de meia hora parte considerável da vantagem de 4-1 conquistada em Lisboa, na sequência dos golos de Dzsudzsák, aos 17, e Lens, aos 25.
Numa segunda parte muito mais serena, o campeão português sentenciou a eliminatória aos 63 minutos, com uma grande penalidade concretizada por Cardozo, que colocou o Benfica na rota do Sporting de Braga e de uma inédita meia-final inteiramente portuguesa.
O clube lisboeta volta a discutir o acesso à final de uma prova europeia, 17 anos depois de ter sido afastado pelos italianos do Parma nas “meias” da extinta Taça das Taças, em 1993/94, desforrando-se da derrota sofrida frente ao PSV Eindhoven na final da Taça dos Campeões Europeus, em 1988.
O pontapé de Gaitán aos cinco minutos, que saiu ligeiramente sobre a barra, poderia ter poupado o Benfica a alguns calafrios, tal como a incursão de Saviola aos 10, aproveitando uma oferenda de Marcelo, que o guarda-redes Isaksson contrariou.
O PSV Eindhoven demorou mais tempo para chegar à área benfiquista, mas quando a encontrou não poderia ter sido mais eficaz: Dzsudzsák inaugurou o marcador com uma entrada de rompante aos 17 minutos, correspondendo ao cruzamento rasteiro do velocista Lens.
A troca do lesionado Salvio, autor de dois golos no Estádio da Luz, por Carlos Martins, aos 19 minutos, não ajudou a serenar a equipa lisboeta, que sofreu o segundo golo pouco depois, aos 25, quando a velocidade de Lens voltou a surpreender a defesa benfiquista. Roberto defendeu o remate inicial do avançado, mas foi incapaz de suster a recarga vitoriosa.
A equipa anfitriã poderia ter passado para a frente da eliminatória antes da meia hora, mas o guarda-redes espanhol salvou o Benfica de sofrer o terceiro golo, com uma saída decidida aos pés de Dzsudzsák, que beneficiou de um erro de Maxi Pereira para se isolar.
O Benfica jogou “sobre brasas” até ao intervalo perante o espetro do 3-0 e precisou de um defesa central para marcar em Eindhoven. Aos 45+3 minutos, graças a um pontapé acrobático de Luisão na sequência de um pontapé de canto, que aproveitou uma saída em falso de Isaksson, o Benfica pode voltar a respirar.
O campeão português entrou na segunda parte mais seguro das suas capacidades e Luisão poderia ter “bisado” aos 60 minutos, com um desvio de cabeça que errou o alvo após novo canto, já depois de Isaksson ter sido obrigado por Gaitán a aplicar-se.
César Peixoto, uma das novidades no “onze” de Jorge Jesus, justificou a opção do treinador ao conquistar uma grande penalidade, travado pela entrada irrefletida de Marcelo, que Cardozo concretizou aos 63 minutos, deixando o PSV Eindhoven resignado à sua sorte.
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