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Paulo Bento defende regras para potenciar aparecimento de novos jogadores

O selecionador Paulo Bento defendeu hoje a implementação progressiva de regras no futebol português que permitam o aparecimento de novos valores oriundos das camadas jovens, mas não se revelou preocupado com o futuro da seleção lusa.

Durante uma aula aberta que juntou cerca de 200 alunos da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF) da Universidade de Coimbra, Paulo Bento defendeu a criação de “algumas regras para que possa aparecer mais o jogador português”, sublinhando que é “um ponto fundamental”.

Grande parte das questões da assistência incidiram sobre aspetos relacionados com o futebol jovem, como as estratégias para que futebolistas entre os 19 e os 23 anos possam vingar no futebol profissional.

Um estudante aludiu ao campeonato inglês – onde só os futebolistas estrangeiros que são internacionais pelo seu país de origem podem jogar – ou da federação russa, cujo campeonato principal obriga as equipas a utilizar em cada jogo pelo menos um jovem russo com, no máximo, 21 anos.

Na resposta, Paulo Bento assumiu que Portugal poderá ter de seguir o modelo russo. “Nós, se calhar, de forma progressiva, vamos ter de o fazer, vamos ter de caminhar nesse sentido”, afirmou.

O técnico nacional disse ainda que “outra preocupação” passa pela existência de “muitos jogadores estrangeiros” nos escalões de formação dos clubes em Portugal.

“Acaba, de alguma forma, por impedir a prática a jogadores portugueses. E isso, no futuro, pode ser prejudicial à seleção nacional”, frisou.

“Mas continuo a acreditar, porque tem sido assim ao longo da história, que Portugal tem capacidade para ir formando novos jogadores, novos talentos”, argumentou Paulo Bento.

Lembrou que Portugal, nos últimos 40 anos, produziu três dos melhores jogadores do Mundo (Eusébio, Figo e agora Cristiano Ronaldo) e que, comparando com a Argentina, “um país com uma capacidade de recrutamento muito maior, lembramo-nos do Maradona e agora do Messi”, disse.

“No Brasil é que parece cogumelos, brotam que é uma coisa louca. Nós não somos assim, ao mesmo tempo que temos problemas temos de ir procurar soluções, mas não devemos desesperar, temos ainda seleção com futuro”, frisou.

Já sobre o número de estrangeiros a atuar no futebol português, Paulo Bento disse que não é fundamentalista nem sofre de “nenhum problema de xenofobia”.

“Acho que há estrangeiros que devem vir porque trazem mais qualidade e competitividade ao nosso campeonato. Agora, isso também não nos deve impedir de defender, proteger e potenciar aquilo que é nosso, porque realmente aquilo que é nosso tem qualidade”, argumentou.

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