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Liga Europa: A rainha «atrapalhou», mas Dublin ganhou cores portuguesas

Entre bracarenses perdidos, uma rainha que estragou a festa e um adepto dividido entre dois amores, as ruas de Dublin começaram hoje a “respirar” mais futebol, na véspera da final da Liga Europa.

No dia em que a visita de Isabel II de Inglaterra captou as atenções na capital irlandesa e revolucionou o centro da cidade, houve quem saísse de Braga às primeiras horas da manhã e a meio da tarde ainda estivesse desorientado à procura do hotel em Dublin.

“Saí de Esporões, Braga, às 07:30, são 17:00 e ainda não cheguei ao hotel. A minha sorte foi trazer umas barritas, senão estava cheio de fome”, disse à agência Lusa um seguidor da equipa ''arsenalista''.

Um companheiro de viagem lamentou os cortes no trânsito que obrigaram o grupo a deslocar-se a pé em busca do hotel. “Estamos completamente perdidos”, afirmou, manifestando, no entanto, o seu otimismo para a final de quarta-feira, na Dublin Arena: “Vamos ver se levamos a Taça, vamos fazer o São João antecipado em Braga”.

Entre adeptos anónimos, Agostinho Oliveira, antigo jogador e treinador da equipa minhota, também está em Dublin para apoiar o clube do coração, num jogo entre “duas grandes equipas, que fizeram um trajeto extraordinário e que mereceram estar na final”.

“A partir daí... que o Braga ganhe. O Braga foi uma equipa que, pelo trajeto que fez, pelos confrontos que teve, merece sem dúvida estar na final e merece ganhar. Olhando para o valor e para o banco, se calhar, o FC Porto é forte, mas uma final é uma final. Quem for guerreiro, mais heróico e tiver aquela pontinha de sorte vai ganhar. E esse vai ser o Braga”, disse o atual coordenador do futebol do clube minhoto.

Vindo de Matosinhos e com o cachecol do FC Porto, João Nogueira já está em Dublin desde o dia 03. O irmão vive na capital irlandesa e, por isso, comprou bilhete em dezembro, aproveitando as viagens mais baratas, mas confessa que ainda temeu pela aposta prematura.

“Com o Villarreal, na primeira parte da primeira mão, ainda fiquei assustado, mas o FC Porto na segunda parte rebentou”, disse, lembrando que a equipa espanhola chegou ao intervalo a vencer por 1-0, antes de os “dragões” marcarem cinco golos sem resposta na etapa complementar.

O aparato policial e as restrições provocadas pela visita de Isabel II não o apanharam desprevenido. “Mas com tanto tempo que teve, a primeira vez que veio à Irlanda foi na final FC Porto-Braga. Foi para estragar a festa. Foi para encobrir”, disse, bem humorado.

Junto do palco da final, um estranho chapéu, meio capacete, meio garrafão, deixa adivinhar que Fernando Braga está dividido. Os seus dois amores são denunciados pelos emblemas do FC Porto e do Sporting de Braga juntos e pela figura de Hulk (o super-herói verde) “vestido” com as cores portistas.

“É um capacete improvisado nos Estados Unidos, cheguei hoje de lá. E vou fazer outro, com o Cristiano Ronaldo em cima”, conta este bracarense radicado em Elizabeth, New Jersey, antes de fazer uma pausa para saudar a equipa do FC Porto na chegada ao estádio onde vai ver sua quinta final europeia, a quarta dos “dragões” com uma do Benfica pelo meio.

Este adepto diz: “Venho apoiar o meu Braga, sou de Braga, mas sou como o Marco Paulo, tenho dois amores. Sou portista, mas sou bracarense. Vou sofrer um pouco, mas espero que o meu Braga ganhe, porque o FC Porto já ganhou muito”.

Para finalizar entoou uma adaptação do sucesso do cantor na década de 1980: “Eu tenho dois amores, o Braga e o FC Porto também. E também tenho a certeza de quem eu gosto mais. Viva o Braga”.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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