O presidente demissionário Luís Albuquerque afastou hoje a hipótese de continuar ligado ao CD Fátima, que caiu na II divisão de futebol, após o ato eleitoral marcado para o dia 01 de junho.
Luís Albuquerque diz que “é muito difícil continuar no clube com os atores que estão em cena”, referindo-se às forças vivas da cidade e do concelho, que acusa de terem abandonado o clube.
“Quando assumi a presidência do CD Fátima, há três anos, tínhamos acabado de descer da Liga de Honra à II divisão, mas tinha o apoio das forças vivas da cidade e do concelho, o que não acontece agora. Então, faço-lhes a vontade e vou-me afastar para que eles possam resolver os problemas”, disse Albuquerque.
O dirigente admite que “não era desta forma que queria sair”, assegurando que deixa o clube sem o futuro comprometido, após duas épocas na Liga de Honra.
Assumindo que existem dívidas a fornecedores por liquidar, diz que “as verbas que estão por receber são suficientes para pagar o que se deve”, garantindo que as contas com o fisco e a segurança social estão em dia.
Relativamente à época desportiva, Luís Albuquerque reconhece que o clube partiu com “grandes expectativas”, logo defraudadas pelo “mau começo”, situação que tentou corrigir em janeiro com o reforço do plantel.
“Mas, até isso correu mal, porque dois dos jogadores contratados estiveram sempre lesionados, enquanto outros dois também tiveram de parar alguns jogos, o que acabou por se refletir no final da época, onde não conseguimos estar à altura das exigências”, diz.
Antigo jogador do CD Fátima, Luís Albuquerque deixa o clube três anos depois de ter assumido a presidência, tendo, anteriormente, feito parte de várias direções e desempenhado o cargo de diretor desportivo.